A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) anunciou no domingo, 10 de março, que estava a reintegrar o Gabão, suspenso no dia seguinte ao golpe de Estado que derrubou Ali Bongo Ondimba em 30 de agosto de 2023.
No rescaldo do golpe de Estado levado a cabo pelo General Brice Oligui Nguema, posteriormente proclamado presidente de transição, a UA e a CEEAC condenaram o golpe e suspenderam o Gabão das suas instituições até ao retorno à ordem constitucional.
Reunidos sábado sábado durante a sua cimeira anual ordinária em Malabo, os chefes de estado – ou os seus representantes – dos 11 países da CEEAC “decidiram levantar a suspensão da participação do Gabão”, segundo o comunicado de imprensa final publicado no site da organização regional Domingo, 10 de março.
Esta reintegração foi decidida tendo em conta “ o progresso significativo no processo de regresso à ordem constitucional marcado pelo apoio do povo e pelo estabelecimento de um calendário para uma transição de 24 meses”, segundo o comunicado.
Em meados de Novembro, o governo nomeado pelo General Oligui Nguema confirmou a duração de 24 meses para a transição, detalhando um calendário até às eleições legislativas e presidenciais de Agosto de 2025.
Confirmou também no sábado a realização de um “Diálogo Nacional Inclusivo” que deverá reunir, de 2 a 30 de abril, “todas as forças vivas da Nação” para desenvolver, em particular, uma nova Constituição que será submetida a referendo.
Jeune Afrique