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Cinco anos depois, Fórmula 1 regressa à China

Cinco anos depois da última corrida, a Formula 1 regressa esta madrugada a Xangai, na China, cidade que acolhe o 5.º Grande Prémio da temporada. Apesar de o mundial desta disciplina ter continuado a realizar-se durante a pandemia, as medidas mais restritas do país asiático impediram que o GP da China se realizasse nos anos anteriores.

Se as primeiras quatro corridas servem de amostra, parece evidente que a Red Bull será favorita, destacando-se da Ferrari, McLaren Mercedes e Aston Martin, mas há motivos que levam a acreditar que o fim de semana que se avizinha é imprevisível.

«Parece que pintaram a pista ou algo parecido», disse Daniel Ricciardo em conferência de imprensa de antevisão ao evento. «Fizeram alguma coisa, certamente. Não sei como isso vai alterar o circuito, se vai continuar igual ou muito escorregadio. Talvez altere a forma como os pneus se comportam», aludiu o australiano da RB.

Esta vai ser a primeira vez que os carros atuais, cujos regulamentos entraram em vigor em 2022, vão rodar no Circuito Internacional de Xangai, mas há mas dois fatores que prometem baralhar as contas dos construtores, começando pelo facto de este fim de semana ser o primeiro da época com corridas sprint e isso significa menos tempo para as equipas encontrarem uma configuração ideal para os carros. Mais, devido à falta de utilização, a pista teve de ser repavimentada, o que pode tornar o anterior conhecimento que os construtores têm sobre o circuito obsoleto, tal como Ricciardo referiu.

«O primeiro dia de testes vai ser muito importante para entrar rapidamente num bom ritmo e, honestamente, trabalhar a partir daí e ver o que se consegue», reforçou o Max Verstappen.

«Penso que mesmo assim o novo formato sprint é melhor [do que o anterior], pois dá-nos mais oportunidades para trabalhar no carro. Parece tudo um pouco mais lógico, diria eu, e era disso que precisávamos», referiu o tricampeão mundial, aludindo ao facto de as equipas poderem mexer na configuração do monolugar após a corrida sprint, antes da qualificação principal.

A Pirelli, empresa que produz e fornece os pneus para os monolugares de Formula 1, também admitiu alguma incerteza quanto à pista. O engenheiro chefe, Simone Berra, admitiu mesmo que se trata de «um novo circuito». «Não temos muitos dados. Vai ser um grande desafio para nós e para as equipas». Mesmo assim, uma escolha quanto aos pneus tem de ser feita e, segundo os testes da Pirelli, é esperado um nível elevado de desgaste de pneus, aderência ao alcatrão relativamente baixa e uma evolução de pista muito elevada. Desta forma, a companhia optou por uma seleção intermédia, em que o composto duro é o C2, o médio o C3 e o macio é o C4.

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