Actualmente, por jogo do Campeonato Nacional de Futebol da primeira divisão, sempre que jogam na condição de equipa caseira, os clubes chegam a gastar 835 mil kwanzas com a arbitragem.
Com o acordo assinado entre a operadora de telefonia móvel, Unitel, e a Associação Nacional dos Clubes de Futebol (ANCAF), as equipas participantes no Campeonato Nacional da modalidade vão deixar de pagar as despesas ligadas à arbitragem, soube o Luanda Post através de fontes próximas ao dossiê.
Diante deste apoio conseguido, visando para já o arranque da Liga Angolana, com os custos com a arbitragem, os clubes vão poupar, cada, cerca de 10 milhões e 200 mil kwanzas ao longo da época futebolística.
Actualmente, por jogo, os clubes do Girabola, na condição de equipa visitada, gastam 835 mil kwanzas, sendo 170 mil para o comissário de jogo, 165 mil para o árbitro principal, 165 para cada árbitro-assistente e 160 mil Kz para o quarto árbitro, valores que segundo soube o Luanda Post, que com a desvalorização cambial, poderá também sofrer algum acrescimento nos próximos tempos.
Para já, numa recente entrevista à TV Belas, João Lusevikueno, vice-presidente da ANCAF, admitiu que a partir do presente mês de Março, os clubes do Girabola vão já deixar de pagar as despesas com a arbitragem e passará para a instituição a organizar a competição nos próximos anos.
“Este memorando [assinado com a FAF] diz que a partir da segunda volta do Girabola ANCAF teria que custear a arbitragem. Portanto, o objectivo é precisamente trazer alguma verdade desportiva e em Março vamos assumir todos os custos da arbitragem”, garantiu João Lusevikueno.
Sobre o arranque da Liga Angolana de Futebol, aquele responsável explicou à TV Belas que existe um contrato de delegação de competências assinado no ano passado entre a ANCAF e FAF que define quando e o que é necessário conformar para arrancar a tão propalada Liga. O dirigente esclareceu que este contrato define, que a delegação de competências para ANCAF, realizar a prova maior do futebol nacional, entrando em vigor a partir do momento em que determinadas condições são observadas.
“…e as condições a observar são precisamente o tal estatuto de futebol profissional, as condições que os clubes têm de preencher, nomeadamente questões orçamentais, administrativas internas, questões que garantam o mínimo de profissionalismo e que tudo está a ser feito”, explicou que os documentos estarão nas mãos de FAF ainda este mês de Março, para depois os mesmos serem submetidos ao Ministério da Juventude e Desportos a pedir estatuto do futebol profissional.
Quanto ao provável número de equipas que poderão estar na primeira edição da Liga Angolana de Futebol, o vice-presidente da ANCAF, revelou: “Nós quando estivemos a discutir o projecto Liga, tivemos uma série de encontros com a Federação Angolana de Futebol que envolveu, inclusive, elementos da FIFA, analisamos a realização da Liga em várias vertentes. A possibilidade de realizar a liga com 10 equipas, com 12, existe a possibilidade de termos uma prova com 14 e/ou 16 clubes”.
