Cerca de um ano depois, fontes da administração asseguram que o trabalho começado nos estabelecimentos comerciais do lado oposto das centralidades do Kilamba e KK 5000, é um aviso aos ocupantes dos espaços da Feira.
A administração da Centralidade do Kilamba, encabeçada por Hélio Aragão, deu inicio na passada segunda-feira, 26 de Fevereiro, com o reordenamento do comércio nas principais ruas sob sua jurisdição, processo tido como uma das principais bandeiras da governação de Manuel Homem desde a chegada em 2022 no comando do Governo Provincial de Luanda, apurou o Luanda Post de fontes locais.
Segundo sabe este jornal, Hélio Aragão e sua equipa, arrancam com os trabalhos de enceramento de lojas e roulottes que terão violado as normas administrativas que estão do lado oposto ao Xiami até ao final do asfalto da centralidade do KK 5000, e deixou alerta que está campanha poderá dar por fim a famosa Feira do Kilamba, que está entre os Blocos F, Q e C.
Quando chegou à frente da Administração do Kilamba, o actual administrador que antes passou pelo Benfica, ameaçou acabar a Feira autorizada pelos seus antecessores, mas na altura, ainda na ressaca das eleições de 2022, através de várias forças ocultas, Hélio Aragão não conseguiu concretizar o desejo dos seus superiores, pois os ocupantes, garantiram na altura terem gastos milhões Kz para a instalação das suas estruturas comerciais, questionaram quem iria fazer o reembolso do dinheiro gasto.
Cerca de um ano depois, fontes da administração asseguram que o trabalho começado nos estabelecimentos comerciais do lado oposto da centralidade do Kilamba e KK 5000, é um aviso aos ocupantes dos espaços da Feira.
Na zona onde já se deu o processo de aviso, para a remoção das estruturas, as demolições, ao que apurou o Luanda Post pode arrancar nos próximos dias, pois a administração local deixou aviso de 72 horas para que sejam removidas todas as roulottes e infra-estruturas ao longo da via principal.
A feira entre o quarteirão do Kilamba, também conhecida por Ngola, vai ser deslocada para uma outra zona que já foi localizada pela administração, ao passo que a KK5000, vai sofrer alguma reestruturação, apesar de não para já uma data para o arranque das obras.
“Vai ser dado um prazo de pelo menos três anos aos vendedores das feiras, em função dos investimentos que fizeram, porque precisam de ter retornos. Sabemos que a feira não está num local apropriado, por ser num jardim com o nome do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, e inclusive mereceu uma denúncia da viúva, Eugénia Neto”, disse em 2023, Hélio Aragão, aquando das comemorações dos 12 anos da Centralidade do Kilamba.
Reordenamento já rendeu 57 milhões Kz as administrações
Desde a sua implementação no ano passado, o Programa de Reordenamento do Comércio (PRC), com a aplicação de coimas e multas, já permitiu arrecadar para os cofres das administrações municipais pouco mais de 57 milhões de kwanzas, segundo informação avançada em Janeiro último por Dorivaldo João, director provincial do Desenvolvimento Económico Integrado do Governo Provincial de Luanda.
De acordo com aquele líder, com o PRC conseguiram levar aos comerciantes a cultura do exercício da actividade com regras, tirar os grossistas de algumas zonas residenciais, adaptando os estabelecimentos a retalhista.
Dados oficias apontam a existência em Luanda de mais de 120 mercados informais de bens alimentares activos, concentrados maioritariamente nos municípios de Luanda, Belas, Cacuaco, Cazenga e Viana.
O município de Luanda, com sete distritos, tem quatro principais mercados alimentantes, nomeadamente, o Catinton, Congoleses, Mabunda e mercado do Prenda.
Viana tem três grandes mercados informais de alimentos, o Kilómetro 30, Mamã Gorda e Sanzanza.
No Cazenga, destaque-se o mercado dos Kwanzas e Asa Branca como os grandes fornecedores de comida, enquanto no município de Cacuaco é o do Kikolo que mais fornece bens alimentares. Já em Belas o principal é o do Autódromo.
Os municípios do Kilamba Kiaxi e Talatona, têm como principais abastecedores alimentares, respectivamente, os mercados do Palanca e Kilómetro 9 e os mercados da Fubá e do Kifica.
