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Interesses indianos dominam rede de supermercados em Angola

O número de novos supermercados que abrem as suas portas continua a crescer em Angola, particularmente em Luanda.

Nos últimos anos, o sector retalhista sofreu uma expansão massiva, marcada por uma proliferação de cadeias, pela ascensão de intervenientes anteriormente modestos e pelo aumento da concorrência.

Segundo dados avançados recentemente, pela revista África Report, apesar da inflação que se regista no país, o sector retomou a sua rápida expansão , como demonstra o surgimento de novas lojas, particularmente em Luanda.

Entre os novos operadores, destacam-se o grupo Noble , criado pelo empresário indiano Nazim Charania, que importa produtos alimentares para Angola há mais de 20 anos e está também presente na RDC, Namíbia e Moçambique, entre outros países.

A sua marca AngoMart , dirigida pelo francês Hugo Moutinho, lançou vendas grossistas e semi-grossistas em 2014, antes de passar para as vendas a retalho em 2021 e investir na construção da sua rede. A marca já conta com mais de 20 supermercados, contando com um total (retalhista, semi-grossista e grossista) de quase 70 pontos de venda em 15 das 18 províncias de Angola.

A rede Fresmart, do grupo Newaco,  desfruta de um impulso semelhante, com perto 50 pontos de venda no total.

O grupo é controlado por Salim Kamani, um investidor indiano que também é sócio da Charania e de um terceiro player indiano, Sajid Dhrolia, dentro do Grupo SNS.

O SNS actua no sector retalhista de massa na RDC através do BNB (Biso na Biso).

Outro grupo, Alimenta Angola, também tem interesses indianos.

Quanto ao grupo Anseba, que actua no sector alimentar há vários anos e é dirigido por dois irmãos da Eritreia, Kelabe e Yamane Berhe, ganhou as manchetes no final de 2021 ao assumir a cadeia de supermercados Kero , criada por três homens fortes da era Dos Santos, os generais Dino e Kopelipa, bem como o antigo PCA da Sonangol e antigo vice-presidente Manuel Vicente.

Todos estes operadores concorrem com o histórico líder de mercado, o grupo sul-africano Shoprite , que continua a ser um peso pesado com mais de 30 lojas e presença nas principais províncias do país .

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