A alemã Mutares ganhou a corrida à reprivatização da Efacec, e ficará com os 71,73% do capital da empresa detidos pelo Estado, anunciou esta quarta-feira o ministro da Economia e do Mar depois de um conselho de ministros realizado por via eletrónica.
Segundo à imprensa portuguesa, o governo daquele país, escolheu a proposta da Mutares “porque traz um aporte financeiro importante à Efacec sem exigir garantias sobre ativos da empresa”, disse, acrescentando que “o que seduziu foi sobretudo o projeto industrial e tecnológico. Eles estudaram profundamente a empresa e querem apostar na empresa em mercados alvo de grande valor acrescentado: a Alemanha e os Estados Unidos da América”.
Além dos alemães, mais dois fundos, a Oxy Capital e a Oaktree, e um agrupamento industrial formado pela Visabeira e a Sodecia, estavam na corrida à aquisição da participação do Estado.
Chega assim ao final um processo que remonta ao verão de 2020, quando o executivo nacionalizou os 71,73% do capital da empresa que eram detidos por Isabel dos Santos. A decisão aconteceu na sequência do envolvimento da empresária angolana no escândalo Luanda Leaks.
Desde que foi nacionalizada, a Efacec acumulou prejuízos de 310 milhões de euros.
A Mutares é uma holding industrial alemã cotada na bolsa de Frankfurt. A 1 de junho tinha uma capitalização bolsista de 492 milhões de euros.