Um retorno a Kyalami pela primeira vez desde 1993 vinha sendo considerado nos últimos anos, com Greg Maffei, CEO da Liberty Media, anunciando prematuramente uma corrida no continente africano para esta temporada.
Contudo, as conversas originais entre a Fórmula 1 e o então promotor Warren Scheckter fracassaram devido aos detalhes financeiros envolvidos no acordo.
A 777, uma companhia de investimentos esportivos baseada em Miami mais conhecida por seus negócios no futebol e liderada por Adam Brown – que também promove o evento 9 Horas de Kyalami – assumiu a promoção e deu novas esperanças ao retorno da África do Sul ao calendário.
Entretanto, o racingnews365.com relatou que os planos para o GP da África do Sul em um futuro próximo foram abandonados por razões políticas. Segundo fontes, a decisão foi tomada devido à ligação do país com a Rússia.
A F1 não comentou os rumores, mas provavelmente será um alívio para Spa-Francorchamps e garantirá o GP da Bélgica no calendário por pelo menos mais um ano.
A F1 foi forçada a cancelar o GP da Rússia logo depois da invasão à Ucrânia no ano passado, enquanto a FIA baniu russos e bielorrussos de suas competições sem assinar um acordo de neutralidade.
O governo da África do Sul e seu alinhamento com o regime do presidente Vladimir Putin se mostraram um obstáculo inesperado apesar dos termos entre a F1 e a 777 quase terem sido finalizados.
A África do Sul, que faz parte da associação BRICS de economias emergentes junto com Rússia, Brasil, China e Índia, não condenou a Rússia pela guerra e manteve uma postura neutra.
No entanto, a tensão aumentou nos últimos 12 meses, com os Estados Unidos acusando a África do Sul de fornecer armas à Rússia e aos esforços de guerra do Kremlin.
Portanto, o GP da África do Sul foi considerado inviável em um futuro próximo, beneficiando Spa. Um porta-voz de Kyalami não pôde ser contatado.
