“Este é um mistério que fica para resolver”, considera o empresário Francisco Viana, sobre o rápido crescimento do grupo empresarial Carrinho, que acredita que o governo tem algumas empresas que são estrelas.
Numa extensa entrevista que concedeu ao jornal Valor Económico, o presidente da Confederação dos Empresários de Angola, sugeriu que a questão deve ser tratada pela Procuradoria-Geral da República e a sociedade civil.
Na entrevista em que abordou muitos assuntos, disse que haver uma realidade que o Presidente da Repúblicaprecisa de dar conta: “a classe empresarial angolanaestá completamente descapitalizada e descapacitada”.
Francisco Viana, criticou o tratamento dado ao grupo que considerou “uma vergonha”.
“Tiraram o Kero a um grupo empresarial angolano, alegando que tinha dinheiro de origem duvidosa e vaidar-se a um grupo eritreu que também tem sócios angolanos com rabo escondido, não há um critério transparente”, referiu, acrescentando que “rebentaram com o Kero, rebentaram com o Candando e agora estão a entrar novos candidatos que também não se sabe qual é a origem do dinheiro deles, não existe nenhuma investigação que nos mostra de forma clara e transparente que eles são mais limpos que os outros”.
Sobre as privatizações de empresas sob controlo do estado em curso, disse que o governo sabe que angolano está pobre. “A grande maioria dos angolanos que tem dinheiro neste país, o próprio Presidente já disse, são os marimbondos. Então, estão a privatizarpara os marimbondos e os amigos estrangeiros.
O empresário suspeita que as grandes moageiras queestão no Porto de Luanda e as que estão a ser montadas no Porto do Lobito, venham a ser usadas em favor de empresas que importam “e são projectos de milhões em que todos têm estrangeiros no comando, nomeadamente libaneses a comandar o negócio do pão e do trigo. Toda esta área eles é quem dominam. Agoraos eritreus e turcos também estão a entrar no negócio.”