Avisos não faltaram… ainda assim o documento foi submetido à Assembleia Nacional para aprovação às pressas, sem serem ouvidos os experts na matéria, como António Monteiro Bambino e João Mulima, daí a responsabilidade ter ficado apenas com o Ministério da Juventude e Desportos.
Dois meses após a promulgação do documento pelo Presidente da República, João Lourenço, afinal o mesmo foi chumbado pela Agência Mundial de Antidopagem (WADA). O dossier foi agora devolvida aos deputados à Assembleia Nacional para as respectivas emendas, assegurou uma fonte do Luanda Post na casa das leis.
Já outra fonte ministerial confirmou que, em consequência do chumbo, a WADA mantém suspenso o Comité Olímpico Angolano (COA) por incumprimento dos prazos para adequar a lei desportiva do país aos estatutos daquela organização internacional.
O documento que regressou à casa das leis irá sofrer alterações, passando a responsabilidade da criação do Conselho de Disciplina da antidopagem, com uma prévia apresentação da proposta ao ministro da Juventude e Desporto, Rui Luís Falcão Pinto de Andrade.
Apesar de o documento não ter sido chumbado a 100% pela WADA, fonte parlamentar assegurou ao Luanda Post que até ao momento ainda não está agendada uma data para a nova discussão e aprovação do diploma que irá libertar Angola das garras da Agência Mundial de Antidopagem.
Em Fevereiro, Angola foi suspensa pela Agência Mundial de Antidopagem, com esta suspensão, a bandeira de Angola deixou de ser hasteada em competições internacionais, além de o COA ficar impedido de acolher ou organizar quaisquer eventos, além de os seus representantes serem inelegíveis para cargos na WADA.
Esta decisão manteve-se até quando a lei desportiva angolana foi submetida àquele organismo internacional em conformidade com os estatutos da organização de cúpula da luta antidopagem, porém, com o chumbo, tudo regressa ao período anterior.
Tudo acontece a poucos meses da realização dos Jogos Olímpicos Paris2024, para os quais Angola já garantiu o apuramento nas modalidades de andebol, em seniores femininos, remo, com o atleta André Matias, e canoagem, com Manuel António e Benilson Sanda.
No documento anterior, o organismo mundial explicou que em 22 de Setembro de 2023 emitiu um comunicado dando conta das desconformidades por parte de Angola, conferindo mais quatro meses para as alterar, sem que estas correções tenham acontecido.
Enquanto houver inconformidade na Lei, os representantes de Angola serão inelegíveis para ocupar cargos, desempenhar qualquer função como membro do conselho ou o comité do organismo.
