InícioEm FocoTaxistas excedem lotação máxima de 75 para 100 por cento

Taxistas excedem lotação máxima de 75 para 100 por cento

Alguns taxistas na província de Luanda estão a exceder a lotação máxima de 75 para 100% da capacidade dos seus veículos.

Ao Luanda Post, os mesmos justificaram as dificuldades que têm vindo a passar fruto das medidas constantes nos Decretos Presidenciais sobre o Estado de Emergência e sobre a Situação de Calamidade Pública.

“A redução dos passageiros está a reflectir muito ao nosso trabalho”, disseram.

Até bem pouco tempo, quer os transportes públicos de passageiros, quer os particulares, estavam limitados a uma lotação máxima de 50%, visando cortar a cadeia de transmissão do novo coronavírus.

Mas dadas dificuldades continuada no serviço de táxi em Luanda, o Executivo viu-se obrigado aumentar de 50 para 75% a lotação de passageiros, de maneira a dar resposta às grandes enchentes nas paragens, principalmente nesta fase do retorno às aulas.
Mesmo assim, alguns taxistas achando esta percentagem insuficiente, por isso entendem que o melhor seria aumentar para 100 por cento da capacidade máxima. Sobre este assunto, o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, disse que são casos isolados de taxistas que não fazem parte da sua associação, muito menos participam em campanhas de sensibilização promovidas pelas organizações, instituições públicas e privadas de direito.

Paciente reconheceu que a situação de calamidade pública criou um défice de 50% de arrecadação de receitas devido a redução de passageiros, o que fez com que os custos de produção seja inferior aos gastos com a manutenção dos veículos, e como consequência, muitas frotas estão falidas e os taxistas atirados ao desemprego.

“Com medo de perder o emprego devido a baixa produtividade resultante da diminuição de passageiros em fase da Covid, por isso leva muitos motoristas de isoladas violarem as regras com excesso de lotação, especulação de preços e encurtamento das rotas”, sublinhou, acrescentando que, “independentemente da situação, a ANATA condena esta atitude, partindo do princípio segundo o qual nada justifica o cometimento do crime”.

Contudo, o mesmo é de opinião que a serem tomadas medidas, não deve passar necessariamente pela punição dos taxistas prevaricadores da lei. Segundo o responsável, devem ser criadas políticas de concorrência através de subvenções, micro-crédito de manutenção aos investidores no ramo de transportes colectivos.

“Isso vai de facto permitir que haja mais meios de transportes e, consequentemente, reduzir a procura bem como baixar o preço o que tornará desnecessária a sobrelotação”, explicou.

O Luanda Post tentou obter um comentário junto do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, mas não obteve qualquer resposta.

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