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O novo “modus operandi” dos serviços de inteligência

Até antes do mês de Dezembro passado, os serviços de inteligência angolanos colectavam informações díspares de acordo com a sua natureza, o SINSE com aspectosinternos, o SIE a nível exterior, e o SISM muito ligado a questões internas e externas de cariz militar, mas, por hora, talvez por influência dos EUA, potência com quem o País passou a ter importantes acordos, e que possui uma Comunidade de Inteligência composta por 17 agências, o Presidente da República João Lourenço mudou o modus operandi dos serviços dando maiores poderes para o Serviço de Inteligência Militar.

Através do Decreto Presidencial n.º 235/23, de 26 de Dezembro, o chefe de Estado atribuiu ao SISM competências de supervisionar e de executar acções de contra-inteligência militar nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional, e fornecer informações ao ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, para elaboração e execução da política de defesa nacional.

E deverá, além disso, “dirigir o trabalho de intercepção e de escuta das comunicações de interesse militar”, apoiar o ministro do Interior na elaboração da proposta para a definição da política de segurança pública e ordem interna, e seus serviços, e apoiar o comandante-geral da Polícia Nacional na execução de medidas de contra-inteligência.

“O Serviço de Inteligência e Segurança Militar tem a sua acção desdobrada pelo Ministério do Interior, da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Forças Armadas e Polícia Nacional, em todo o território nacional, assim como além-fronteiras”, determina o documento assinado pelo Presidente da República.

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