Carlos Hendrick, presidente do Clube Desportivo 1.º de Agosto desde 2011, tem o seu mandato a terminar agora com o fim do ciclo olímpico 2020-2024.
Estatutariamente, o general reformado ainda pode concorrer para um quarto mandato.
Diferente dos outros, o actual mandato não foi um mar de rosas para Carlos Hendrick. Teve desde 2021 uma gestão pouco digna, por causa da crise financeira que apertou o cerco aos cofres do clube militar fundado em Agosto de 1977.
A nível das Forças Armadas Angolanas (FAA), o presidente do 1.º de Agosto em funções há muito que deixou de ser visto com bons olhos, tendo sido, apesar de ter feito um trabalho considerável, acusado de falta de transparência e de não prestação de contas do dinheiro que recebe do seu patrono — uma prática típica de instituições desportivas que leva muitos a perderem patrocínios de distintas empresas.
Com a indefinição de Carlos Hendrick, o anúncio de Gustavo da Conceição chega numa boa altura para assumir os destinos do clube, mas devem os sócios aguardar até a efectivação deste desejo e fazer com que o actual líder do COA caia nas graças do Estado-Maior das FAA e seja indigitado como o candidato daquela estrutura castrense para o trono dos militares.
Tudo está em aberto para a liderança do 1.º de Agosto, uma vez que nenhum candidato terá já anunciado formalmente a sua intenção de avançar para a presidência do histórico clube das Forças Armadas Angolanas.