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MPLA não apoia “absolutamente ninguém”

“Nem eu, nem o partido apoiamos absolutamente ninguém”, disse João Lourenço numa entrevista que concedeu segunda-feira à Televisão Pública de Angola (TPA).

JLO frisou na referida entrevista, que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) tem as suas regras e “é um partido muito maduro”.

O chefe de Estado angolano reforçou que não há ainda candidatos e todos os que tentarem passar a ideia de que têm a sua “bênção, para poder começar a corrida agora ou mais tarde” vão ser desmentidos publicamente.

Segundo João Lourenço, o seu partido tem democracia interna e “é adverso àqueles que se apresentam como sendo especiais, como sendo super militantes, super generais, sobretudo quando na realidade se vem a constatar que não são nada disso”.

“Porque é fácil de ir-se à história de cada um e a gente refazer a cronologia de tudo quanto essa pessoa fez de bom e de mal ao longo do tempo, esta é a coisa mais fácil, e muitos de nós ainda estamos vivos, sabemos o que é que cada um fez”, referiu.

Para João Lourenço, um militante que se apresente “como super militante, super general, predestinado a ser Presidente da República”, é algo “muito grave”. “Aqueles que andam a dizer que não há democracia interna no MPLA deviam entender que o apresentar-se como predestinado é que é matar a democracia interna no MPLA”, disse.

De acordo com João Lourenço, a mensagem que passam é que não vale a pena concorrerem, que “estão a perder tempo, porque ‘o destino já me predestinou, já definiu o meu futuro e o futuro de Angola, o Presidente de Angola vou ser eu'”.      

Os comentários dos Presidente da Republica, também líder do MPLA, surgem na sequência de notícias que davam conta de que o general Higino Carneiro, ex-governador de Luanda e figura destacada do partido, pretendia concorrer à Presidência da República nas próximas eleições, e que já teria manifestado essa intenção a João Lourenço.

Recorda-se que Angola vai realizar eleições gerais em 2027 e estão neste momento em discussão na Assembleia Nacional várias propostas de alteração do pacote legislativo eleitoral, submetidas pelo Governo e pela UNITA, maior partido da oposição angolana.

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