A Ministra das Finanças, Vera Daves, defendeu a necessidade de melhoria dos mecanismos de supervisão no sector dos seguros para fazer face aos riscos cibernéticos e da pandemia da Covid-19.
Segundo a ministra que discursava durante a abertura da 24ª Conferência anual da Associação das Entidades de Supervisão de Seguros do Espaço Lusófono (ASEL), organizada pela ASF, em parceria com a ARSEG, em formato de teleconferência, “há variação na extensão em que os supervisores priorizam o risco cibernético nas suas actividades e na sofisticação das ferramentas disponíveis para lidar com esses riscos. É assim imprescindível melhorar a diversidade dos mecanismos de supervisão para uma melhor regulação”, afirmou.
A Ministra passou em radiografia a situação actual dos seguros em Angola, tendo admitido um crescimento sólido do mercado segurador, não obstante as circunstâncias actuais.
Citou os números do mercado de seguros e pensões onde, até 31 de Dezembro de 2019, estavam registadas 28 seguradoras – sendo que 4 delas estavam sem actividade e mais recentemente umas perderam suas licenças e outras viram caducadas a sua autorização de constituição – e 8 entidades gestoras de fundos de pensões – que possuíam sob sua gestão 34 fundos, dos quais 9 abertos e 25 fechados.
Neste contexto, o Executivo angolano inscreveu a ENSA na lista de activos do Programa de Privatizações. “Angola se prepara para lançar um concurso internacional para a privatização da sua maior e histórica seguradora: a ENSA Seguros de Angola, S.A”. Segundo disse, “trata-se de um sinal de maturidade e de confiança numa das principais empresas do sector público do país, mas também uma enorme oportunidade que se abre ao investimento neste sector, eventualmente por via de parcerias”.