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“Divulgação dos valores desviados é uma tentativa de fazer esquecer o escândalo do seu director de gabinete”

O Presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, revelou esta segunda-feira, em Luanda que escolha do  ‘timing’ para divulgação dos valores desviados do erário público pelo Presidente João Lourenço, pode  tratar-se de uma tentativa de fazer esquecer o escândalo do seu director de gabinete [Edeltrudes Costa].

Segundo à Lusa, o político  congratulou-se com a divulgação dos valores desviados do erário público, mas defendeu que estes estão “muito aquém dos números reais”, instando o Presidente da República a apresentar mais dados.

“Independentemente da razão considero que foi muito importante conhecer estes números”, disse.

Para o dirigente da UNITA, os números “apesar de elevadíssimos, estão muitíssimo aquém dos números reais”, lembrando que só a reserva estratégica de petróleo acumulada de 2011 a 2014 chegou a reter valores na ordem dos 93 mil milhões de dólares.

“Se foram só 24 desviados onde estão os restantes, perguntamos nós?”, questionou, salientando que as contas do Presidentes estão “incorretas” e perguntando “qual o propósito para ter reduzido tanto este valor”.

O responsável da UNITA notou que desapareceram “valores astronómicos” em programas de abastecimento de água e obras públicas previstas em programas de investimento públicos, mas não materializadas ou concluídas, muitas delas com recurso a financiamento chinês.

Adalberto da Costa Júnior instou João Lourenço a usar o seu discurso sobre o Estado da Nação para trazer mais dados aos angolanos e lamentou que a falta de transparência nos negócios do Estado continue a ser a regra.

O líder da UNITA, que convocou os jornalistas dois dias antes do discurso sobre o Estado da Nação, que vai ser proferido por João Lourenço na quarta-feira, marcando o início do ano parlamentar, sublinhou que o partido do “galo negro” está preparado para mostrar um “cartão vermelho” ao chefe do executivo angolano face ao estado em que Angola se encontra, no seu entender bem pior do que há três anos, quando o Presidente iniciou o mandato.

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