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Petro de Luanda com orçamento de mais de 11,4 milhões de dólares

Para o exercício económico de 2024, segundo o documento em posse do Luanda Post, os tricolores vão gastar cinco milhões de dólares em salários dos atletas, técnicos, staff e trabalhadores administrativos.

Em assembleia geral realizada no passado dia 2 de Dezembro do corrente ano na sede do clube, os sócios do Atlético Petróleos de Luanda aprovaram o orçamento daquela agremiação desportiva para o ano de 2024, lê-se num documento da instituição a que o Luanda Post teve acesso.

No documento em posse deste jornal, o Petro de Luanda prevê para 2024 um orçamento para o clube avaliado em mais de 11,4 milhões de dólares norte-americanos (mais de 9 mil milhões e 479 milhões Kz), mas a direcção tem como foco a redução da dependência da Sonangol, o sócio e fundador.

Para os salários, o documento, que entra já em vigor a partir de Janeiro do próximo ano, prevê gastos na ordem dos 5 milhões USD (52% de todo o orçamento) e mais 2,7 milhões de dólares (26%) para o fornecimento e serviços a terceiros.

Quanto às obrigações fiscais, em 2024, o Petro de Luanda vai ter gastos estimados em pouco mais de 630 mil dólares, ao passo que, para os serviços médicos, a despesa está fixada em 312 mil USD.

Com as competições das modalidades não nucleares e o agenciamento de atletas e treinadores, em 2024, a direcção do Petro de Luanda pretende gastar 422 mil dólares. A renda de casas para atletas e treinadores estrangeiros ao serviço dos petrolíferos vai custar 150 mil dólares aos cofres daquela agremiação desportiva.

Para os bónus de assinatura de contratos, a direcção do clube, no documento aprovado pela maioria dos sócios,prevê gastos na ordem dos 96 mil dólares norte-americanos.

O fretamento de aeronaves, alojamento, alimentação e o transporte local terão uma despesa de mais de 287 mil USD.

As viagens dos jogadores e técnicos estrangeiros terão em 2024 um custo de 27,3 mil dólares e mais 243 mil para as despesas das competições das camadas de formação. 289 mil dólares é o valor que o clube irá gastar no próximo ano com as competições nacionais.

Ainda para o ano que vem, a direcção do Petro de Luanda espera ter uma maior receita com o merchandising, uma vez que o clube tem um acordo com a nacional FAST, que irá facilitar a produção em maiores quantidades e menos custo, uma vez que, sendo uma empresa nacional, não terão despesas alfandegárias.

Quanto às competições africanas, o clube diz que pretende contar com as agremiações do basquetebol sénior masculino e andebol sénior feminino, que participarão para vencer as respectivas competições. Sobre a bilheteira, o Petro pretende receitas vindas na sua maioria do basquetebol e, talvez, na final do Campeonato Nacional de Andebol.

“Esperamos também obter receitas provenientes de arrendamentos, com o colégio Júlio Verne, do PT [posto de transformação] que fornece energia para as bombas Nebuluto, a casa de Cabinda e as de Viana. Também esperamos obter receitas vindas da contribuição dos nossos sócios individuais, uma vez que contamos dobrar o número de contribuintes”, perspectiva o clube.

Ganhos extra Sonangol estimados em 1,2 milhão de dólares

Em 2024, a direcção do Petro de Luanda quer dobrar o esforço feito em 2023, para isso espera-se de ganhos extra Sonangol no valor de 1,2 milhão de dólares.

Para tal, o clube pretende arrecadar, com a participação da equipa sénior masculina de basquetebol e sénior feminina de andebol nas competições africanas, um total de 298 mil dólares (23% das receitas extra Sonangol).

Com o merchandising e a renda do colégio Júlio Verde, este último localizado no eixo viário, o clube espera receitas de 768 mil dólares, mais 132,3 mil USD da contribuição dos sócios individuais. Com a venda de bilhetes, quando jogar na condição de equipa visitada, espera-se angariar 52 mil USD.

Com a renda da casa de Cabinda, das casas de Viana e a renda de 30% do PT do posto de abastecimento de combustíveis do Nebuluto, as receitas irão ficar em cerca de 11 mil dólares.

SAD: Futebol do Petro passa a ter despesas independentes

Com a criação da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), em 2022, a partir já do próximo ano, o futebol do Petro de Luanda fará as suas despesas de forma independente e o seu único accionista é o clube, apontam dados do documento consultado pelo Luanda Post.

Registada no Cartório Notarial da Comarca de Luanda, a SAD é um gigante projecto que foi apresentado aos sócios do Petro de Luanda na assembleia geral ordinária de Julho de 2022. Este tipo de modelo de negócio é aplicado em clubes portugueses, e, em Angola, o Williete de Benguela é o primeiro a implementar esta estratégia. Com o anúncio feito, o Petro será o segundo a fazê-lo.

 

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