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Grupo português acusado de corrupção em Portugal vai construir 46 mini-redes solares no país

A montagem da operação foi feita pelos britânicos do Standard Chartered e os alemães de Euler Hermes através do apoio de 1,2 mil milhões de euros.

A empresa pública de produção de electricidade (PRODEL EP) é a entidade promotora.

O projecto, que tem como embaixador o músico Matias Damásio, tem como objectivo a electrificação de 60 comunas nas províncias de Malanje, Bié, Moxico, Lunda-Norte e Lunda-Sul, através da expansão da rede eléctrica nacional e da construção de parques fotovoltaicos com sistemas de armazenamento de energia em baterias, como sistemas isolados de produção e abastecimento de electricidade.

Segundo comunicado enviado ao Luanda Post, pretende-se a electrificar de cerca de 203 mil casas e fornecer energia a actividades económicas e produtivas, servindo cerca de 1 milhão de angolanos.

A MCA é um Grupo fundado em 1998, em Guimarães, Portugal. O nome da empresa deriva do seu fundador, o empresário Manuel Couto Alves, que hoje exerce as funções de Presidente Executivo da MCA.

Investigado por corrupção

O grupo MCA é, entretanto, um dos visados numa investigação aberta pela justiça portuguesa recentemente por suspeitas de envolvimento em práticas de corrupção com governantes angolanos.

Segundo a imprensa portuguesa, a empresa terá oferecido a actuais governantes bens de luxo em troca de contratos e viabilização de negócios.

É citada, por exemplo, pela TVI, por ter alegadamente realizado favores ao ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, em troca de contratos para instalação de painéis solares em sete localidades do país no valor de 539,717 milhões de euros, aprovados em despacho presidencial 19/20.

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