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Carlos Rosado justifica a saída ao jornal ‘Expansão’ – Excesso de salários em atraso

O antigo director do jornal Expansão, Carlos Rosado de Carvalho, revelou recentemente, em declarações ao único diário do país, os motivos que estiveram na base da sua saída daquele órgão especializado em economia, pertencente ao grupo empresarial ‘NOVA VAGA’. Ou melhor, por causa do excesso de salários em atraso.

“Saí do Jornal Expansão porque não me pagavam, tinha vários salários em atraso. Saí do Jornal Mercado pelo mesmo motivo”, disse o economista, acrescentando que actualmente faz mais opinião do que jornalismo diário, “visto que a situação da comunicação social em Angola está mal”.

Carlos Rosado de Carvalho sublinhou que os jornalistas angolanos são muito mal pagos. “É miserável o que se paga. É necessário que haja melhor distribuição dos bens gerados pelos trabalhadores”, argumentou.

O também analista económico diz que tem em carteira um projecto de comunicação social independente, especializado em jornalismo económico, que deverá ser implementado nas redes sociais. “Infelizmente não tenho uma veia empresarial apurada, mas acredito que é possível contribuir para a melhoria da comunicação social, com uma informação isenta”, salientou.

“Não gosto de fazer comentários sobre política, meu foco é trabalhar para melhorar o jornalismo, especialmente o de economia, no ponto de vista da liberdade de informação”, garantiu.

A saída no Conselho Económico e Social

Durante as suas declarações, o professor de “Moeda e Bancos” e de “Gestão Financeira Internacional” na Universidade Católica de Angola justificou também a sua saída no Conselho Económico e Social, criado pelo Presidente da República.

“Saí porque achei que não me sentia útil. As minhas expectativas não se concretizaram. Entrei com o objectivo de procurar ajudar e cheguei à conclusão de que não era útil. Por esta razão renunciei”.

No dizer do jornalista, os conselheiros devem ser valorizados pela sua presença e contribuição em prol do país. “Quando participam nas reuniões, podem ter benefícios como ajuda de custos, viagens pagas ou senhas de presença, mas o trabalho do conselheiro não justifica ter um carro num valor tão alto (200 mil dólares). Acho isso um péssimo exemplo dado à sociedade pelo Conselho Económico e Social”.

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