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Antigo CEO da TAAG ignora convocatória do Tribunal de Contas

Actual Vice-Presidente da FitsAir, uma companhia aérea de baixo custo do Sri Lanka, o ex-presidente da TAAG, o inglês Peter Hill, continua sem foi comparecer no Tribunal de Contas para responder a questões relacionadas com o tempo em que liderou a companhia aérea nacional de bandeira.

Em edital assinado pela juíza conselheira relatora Elisa Rangel Nunes, com data de 18 de Outubro de 2023, Peter Murray Hill, “residente em parte incerta, é notificado o auditado da remessa ao Ministério Público, nos termos do artigo 84° da Lei nº 13/10, de 09 de Julho – Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas, cuja resolução, se encontra à disposição na secção da 2ª Câmara do Tribunal de Contas.

Recorde-se que há mais de dois anos, em edital, o Tribunal de Contas comunicara que está a ser feita uma auditoria à gestão da administração de Peter Hill na Taag.

O processo de auditoria, em que é chamado o antigo responsável da TAAG, desencadeado pelo Tribunal de Contas e é datado de 15 de Novembro de 2021.

Peter Hill foi nomeado para liderar a TAAG em 2015 por indicação da Emirates, com a qual o Governo havia celebrado um contrato de gestão com o objectivo de retirar a empresa da situação deficitária em que se encontrava.

A Emirates cancelou o contrato em Julho 2017, alegando “incumprimento” da parte angolana, particularmente por não conseguir fazer o repatriamento de divisas.  

Durante o tempo em que esteve na TAAG, o gestor inglês deu início a uma reestruturação da companhia. Em entrevista ao Jornal Expansão, depois de deixar os destinos da companhia, o antigo gestor afirmava que que quando chegou à companhia “a corrupção era abundante a todos os níveis” e que a situação permanecia.

Hill queixou-se, na altura, de ter sido alvo de campanhas de difamação, orquestradas “por aqueles que mais perderam com a reestruturação da TAAG” por sua administração ter eliminado a corrupção e a má gestão.

Garantia ainda ter reduzido o “desperdício e as despesas desnecessárias”. “Ainda hoje existe, mas em menor extensão. Mas, apesar dos esforços da minha administração para enfrentar esses problemas conhecidos, ainda existem pessoas protegidas que beneficiam dessa actividade criminosa. Muitos funcionários sabem o que está a acontecer, mas não estão dispostos a falar por terem medo de perder o seu emprego ou de sofrer outras represálias”, relatava.

Falhados os acordos com a Emirates, a TAAG voltou a ser gerida por angolanos.

O conselho de administração constituído pela presidente Ana Major, o CEO, Eduardo Soiren, três administradores não executivos, enquanto a comissão executiva integra o presidente e seis administradores executivos.

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