Para muitos cidadãos, o calvário começa as 3 horas da manhã, altura em que começam a marcar fila nos postos de identificação sem certeza de que terão sua necessidade satisfeita, porque grande parte dos postos atendem pouco menos de 80 pessoas, enquanto outros atendem números ainda mais reduzidos, mediante marcação telefónica.
Os que conseguem vencer essa primeira etapa, a seguir são confrontados com o longo tempo de espera, que ultrapassa os dois meses para receber o referido documento de identificação.
A situação contrasta com os discursos oficiais dosresponsáveis do ministério da Justiça e cria muitos embaraços aos cidadãos que necessitam o documento para diversas actividades do seu quotidiano.
O problema dos atrasos está na direcção central, que enfrenta problemas de organização logística e de pessoal, apurou o Luanda Post.
Na quarta-feira, 5 de Janeiro, data em que se celebrou o Dia do Identificador, por ocasião da entrega do primeiro BI angolano ao primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, o Director Nacional de Identificação, Registos e Notariados, disse à LAC que o país conta actualmente com 284 postos de identificação, sendo que os 164 municípios com pelo menos serviço.
Segundo Carlos Cavuquila, 26 Postos de identificação estão instalados em missões diplomáticas e consularese outros serão instalados ainda este ano na Rússia, Espanha, Reino Unido e Itália.
Também este ano, referiu, está perspectivado o processo de integração da base de dados nacional que vai reunir informações dos diferentes documentos e permitir a implementação do Número Único do Cidadão(NUC).
“Que é o número do BI, é o número do cartão de leitor, é o número da segurança social e no futuro o númerodo serviço nacional de saúde pública, tal como noutros países funcionam com um número do cidadão que é abrangente para todas as actividades administrativas“, explicou.
