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A morte de Laurindo : Ajuste de contas, queima de arquivo ou mero assalto

Queima de arquivo, ajuste de contas e assalto: Eis os três cenários que podem estar por detrás da morte do Sociólogo Laurindo Vieira.

Segundo avança o portal Na Mira do Crime, a morte a tiro do Sociólogo e Reitor da Universidade Gregório Semedo, Laurindo Vieira, no Distrito Urbano do Lar Patriota, município do Talatona, esta quinta-feira, 11, traz várias inquietações à volta da segurança das pessoas, pois os crimes violentos tendem aumentar, não só em Luanda, como no resto do país.

Laurindo Vieira é a segunda, em pouco menos de três meses. O Assassinato do académico não é só mais um; está rodeado de nuances que só um trabalho investigativo sério pode descortinar.

De acordo com a fonte, na rua dos bancos, muita gente pode ser interceptada e assaltada, e, a depender da reacção, perder o dinheiro ou a vida.

Então, Laurindo Vieira pode ter perdido a vida, ao ser assaltado ao lado da sua viatura. A intenção dos bandidos pode ter sido apossar-se da quantia monetária que a vítima terá eventualmente levantado do banco e nada mais.

No entanto, se por alguma razão, apesar de ser conotado como gente de bem, tiver se desentendido com alguém ao ponto de esta pessoa, com a fúria assassina à flor da pele, quisesse vingar-se, envolvendo-se directamente ou mandando alguém para executar o crime, também os algozes podem agir da maneira como agiram.

Fontes deste jornal avançam que a operação foi tão rápida que nem tiveram tempo de vistoriar o carro, limitaram-se apenas a receber o dinheiro que o Doutor Laurindo levava à saída do banco.

Se se tiver em conta o conceito figurativo do “ajuste de contas” que acontece quando dois homens decidem lutar para resolver alguma pendência, tal como acontecem em filmes de luta, que pode ser corporal, como também apenas com o uso de palavras ou por meio de um jogo, chega-se à conclusão que este cenário é pouco provável que esteja na base deste acto funesto.

É inimaginável pôr a figura de Laurindo Vieira numa espécie de ajuste de contas entre chefes da máfia que, geralmente, termina em assassinato.

O mesmo não se pode dizer quanto à queima de arquivo.

O Doutor Laurindo Vieira foi funcionário dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar onde, como é manifesto, rola muita sensibilidade de assuntos classificados.

Já o acto criminoso que ocorreu o no Lar Patriota, esta quinta-feira, pode configurar uma queima de arquivo, que pode se efectivar por assassinato ou incêndio, com o intuito de eliminar testemunhas ou provas de um crime.

Tratando-se de um agente dos Serviços de Inteligência Militar, cujo cargo este Jornal, por agora, não aferiu, poderia estar em posse de alguns dossiers que constituiriam ameaça caso continuassem com ele.

Embora aflitos, os dois marginais que se faziam transportar numa moto, fugiram em sentido contrário por assinaláveis metros, até desviarem da via principal, sem intervenção da polícia que, tão logo se apercebeu do incidente entrou em campo para fazer o seu trabalho.

Na Mira do Crime

 

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