O jogo desta quarta-feira, entre a Tunísia e o Mali, a contar para a primeira jornada do Grupo F da Taça das Nações Africanas, ficou marcado por dois momentos insólitos, que tiveram o árbitro como protagonista.
Na segunda parte, aos 85 minutos, Janny Sikazwe, natural da Zâmbia, deu o jogo como terminado. As equipas técnicas não tardaram a contestar e, depois de corrigido o erro, o jogo foi retomado. Mas o duelo teria mais um momento insólito.
Depois de ter mostrado cartão vermelho a El Bilal Touré, do Mali, num lance que o VAR aconselhou a rever – Sikazwe acabou por ver as imagens mas manteve a decisão – o árbitro voltou a apitar para o final da partida antes do tempo, aos 89 minutos e 47 segundos, e, desta vez, não voltou atrás com a decisão.
O apito final levou a Tunísia a protestar, uma vez que a segunda parte teve nove substituições e duas consultas ao VAR, o que obrigaria a haver tempo extra. Mas o juiz deu mesmo o jogo como terminado, ainda antes do minuto 90. O Mali acabou por vencer o duelo, graças a um golo de Ibraima Koné, de grande penalidade, ao minuto 48.
É mais uma polémica para o árbitro zambiano que em 2018 foi suspenso pela Confederação Africana de Futebol (CAF), na sequência de suposta actuação tendenciosa no jogo da meia-final da Liga dos Clubes Campeões entre o Esperance de Túnis e o 1º de Agosto, disputado no dia 23 de Outubro daquele ano, no Estádio Olímpico de Radés, na Tunísia.
Depois do mau comportamento na referida partida, em que o representante angolano perdeu por 2-4, o juiz esteve sob inquérito por “fortes suspeitas de corrupção”.
Coadjuvado pelos seus compatriotas Romeo Kasengele e Kawe Chansa, o “homem do apito”, que representou o continente africano no mundial da Rússia, neste desafio teve uma actuação reprovável, que demonstrou ignorar por completo as leis e regras do futebol, levando ao “colo” a formação tunisina.
O 1º de Agosto foi eliminado nas meias-finais, ao perder diante do Esperance de Tunis, por 2-4.
