O petróleo está a desvalorizar, penalizado pelo sentimento negativo relativamente à economia chinesa, interrompendo assim um rally de sete semanas. Ainda a pressionar o ouro negro está a subida do dólar, que penaliza compradores com moeda estrangeira, uma vez que o petróleo negoceia na moeda norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, desce 1,24% para 82,16 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,2% para 85,77 dólares.
O crude regista uma subida de quase 25% desde mínimos de Junho, depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), a Arábia Saudita e a Rússia, terem anunciado cortes unilaterais na produção e nas exportações, respectivamente. Tal tem ajudado a uma subida dos preços, dado ser previsto um défice de dois milhões de barris por dia este trimestre, segundo estimativas da OPEP+.
Os aumentos dos riscos ao fornecimento petrolífero da Rússia no Mar Negro devido à guerra na Ucrânia também têm sustentado os ganhos.
“O rally tem sido demasiado focado no sentimento em torno da economia norte-americana, ignorando as continuadas complicações na Europa e na China”, comentou à Bloomberg Vandana Hari, analista da Vanda Insights.