A Europa está aumentar a quantidade de petróleo que importa de Angola, já que a proibição do continente ao petróleo russo prejudica as rotas comerciais típicas.
Mais de 40% das 32 cargas de petróleo bruto de Angola para carregamento este mês são destinadas para a Europa, bem como para os EUA e o Brasil.
De acordo com uma pesquisa de comerciantes especializados em barris da África Ocidental, isso é quase o dobro do valor do ano anterior, quando apenas um quarto do abastecimento mensal de Angola era comercializado nas rotas ocidentais.
Cada remessa contém cerca de um milhão de barris de petróleo. As refinarias da União Europeia têm buscado suprimentos alternativos após a proibição do bloco às importações de petróleo por mar da Rússia no início de dezembro.
Angola, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, é um dos maiores produtores africanos.
Os importadores europeus incluem empresas que perfuram petróleo em Angola, com destaque para a TotalEnergies, Exxon Mobil Corp. e Chevron Corp.
Essas podem optar por processar o petróleo nas suas próprias plantas na Europa e na América do Norte, em vez de vender os volumes para a Ásia.
À medida que a Europa recebe mais oferta angolana, menos barris vão para a China, normalmente o maior cliente.
Em Fevereiro passado, a China foi o destino de cerca de 55% das exportações de crude de Angola. Este mês, é mais de 40%. A gigante petrolífera asiática tem aceitado mais barris russos com desconto, deslocando seus outros fornecedores, segundo escreve à agência de notícias Bloomberg.