O South African Rand Merchant Bank (RMB) divulgou a lista dos 10 principais países atrativos para investimento em África, destinada a investidores que visam ativos reais numa economia ou que procuram expandir negócios que dependem de infraestruturas físicas.
Segundo o autor, o economista da RMB Africa, Daniel Kavishe, um novo mundo exigia uma nova abordagem à publicação, e o relatório deste ano avalia a extensão do impacto da pandemia esboçando a paisagem do continente pré-COVID-19 e depois pintando uma imagem dos seus resultados reais e potenciais durante e após a pandemia.
Historicamente, os destinos de investimento em África foram classificados com base nos princípios da actividade económica e do ambiente operacional dos negócios.
No entanto, avança o portal Insider África, a abordagem do RMB exigiu uma camada extra de sofisticação, tendo em conta factores-chave como os ambientes operacionais , as pontuações fiscais e os planos de desenvolvimento, todos eles fundamentais para a atractividade do investimento num mundo Covid.
Aqui estão os 10 principais países atrativos para investimento em África, de acordo com o RMB
- Egipto: Embora a economia do Egipto tenha sido duramente atingida pela pandemia, foi também uma das primeiras a recuperar para uma trajectória de crescimento. Isto devido às medidas rápidas que introduziu e ao facto de ter estado mais forte durante o surto de COVID-19.
- Marrocos: A economia de Marrocos continua a beneficiar da estabilidade política. Um fundo especial de combate à COVID-19 foi criado em 2020, representando 2,7% do PIB. Dois terços dos fundos seriam fornecidos por fontes privadas e um terço pelo governo.
- África do Sul: O país mais meridional de África oferece uma forte base industrial e retalhista que continuará a apoiar as economias regionais da África Austral com bens e serviços.
- Ruanda: O Ruanda continua a beneficiar dos esforços que tem feito para melhorar o seu ambiente operacional. Além disso, como parte da Estratégia Nacional para a Transformação (NST), vários investimentos deverão apoiar os sectores da construção e da energia ao longo dos próximos anos.
- Botswana: O país possui elevadas reservas cambiais, o que lhe permitiu resistir melhor do que a maioria à tempestade económica induzida pela pandemia. O Fundo Pula, um fundo soberano criado em 1994 que financia uma grande parte do défice orçamental, significou que a dependência fiscal da dívida tem sido baixa.
- Gana: O Gana entrou na crise actual numa base relativamente mais forte do que os seus pares africanos. Estruturalmente, a sua economia sofreu grandes mudanças ao longo dos últimos anos, posicionando-a para um crescimento significativo no futuro. Isto é apoiado por indústrias do sector primário, como o petróleo e o ouro, e pelo desenvolvimento acelerado no sector terciário.
- Maurícias: Ajudado por um regime fiscal extremamente favorável, o seu sector financeiro continuará a ser um dos principais motores da economia das Maurícias no futuro – nomeadamente através de actividades de investimento transfronteiriças e serviços bancários.
- Costa do Marfim (CIV): O aumento do investimento privado deverá continuar a alimentar a construção, a agroindústria e os serviços (comércio, transportes e TIC em particular). O investimento privado beneficiará do impulso proporcionado pelo investimento público no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional 2016-20.
- Quénia: De acordo com o RMB, os esforços do governo queniano para garantir que a implementação do plano “Quatro Grandes” centrado na industrialização, na cobertura universal de saúde, na segurança alimentar e na habitação a preços acessíveis conduzirá invariavelmente a um rápido crescimento económico.
- Tanzânia: A Tanzânia tem estado num caminho de rápido desenvolvimento ao longo dos últimos anos. Este crescimento pode ser atribuído ao investimento público consistente do governo nos principais sectores secundários e terciários, que vão desde o sector da energia até aos avanços nos sectores das telecomunicações e das finanças.
