Os três maiores credores de Angola detêm 35% da dívida pública total.
Segundo o Expansão, por cada 100 USD de dívida angolana, 35 USD são ao China Development Bank, aos investidores dos Eurobonds e ao FMI.
De acordo com a fonte, por cá, a dívida é controlada pelos bancos comerciais, com o BAI e o BFA a liderarem o endividamento interno.
A dívida governamental, avança o periódico luandense, está dividida em cinco áreas de credores: dívida comercial (bancos estrangeiros), multilateral (instituições internacionais como o FMI e o Banco Mundial), bilateral (Estado a Estado), fornecedores e os subscritores dos Eurobonds.
A lista dos maiores credores é liderada pelo China Development Bank (CDB) com 10,1 mil milhões USD, que resultou de um mega financiamento de 15 mil milhões USD, no âmbito de um acordo celebrado em Dezembro de 2015.
Foi deste empréstimo levantado na sua totalidade que saíram os 10 mil milhões USD que o Governo injectou na altura na Sonangol.
Já os investidores dos Eurobonds são os segundos maiores credores do País, com um stock de dívida na ordem dos 9,1 mil milhões USD, quando há cinco anos estava avaliada em 5,0 mil milhões USD, um crescimento de 82%.
Segue-se a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o maior credor multilateral do País, a quem Angola deve 4,2 mil milhões USD, quando em 2018, altura em que o FMI deu início ao Programa de Financiamento Ampliado (EFF, na sigla inglesa), a dívida com a instituição de Washington estava avaliada em 994 milhões USD. O que demonstra, de facto, que Angola se endividou mais nos mercados internacionais e com instituições multilaterais.