A mais que duplicação do volume de negócios na América Latina, que cresceu 129% até setembro em termos homólogos para 1975 milhões de euros, explicam em grande parte o desempenho dos resultados intercalares da Mota-Engil.
Segundo o Expresso, desde junho, o grupo fundado em Angola adicionou mais mil milhões de euros de contratos à sua carteira de encomendas para um total de 13,6 mil milhões de euro e estabelecendo um novo recorde.
De acordo com a fonte, a empresa anunciou um crescimento acumulado de 66% do volume de negócios, alcançado 4.015 milhões de euros, valor que supera a faturação de todo o ano de 2023. Um resultado que segundo um comunicado da empresa permite consolidar a “capacidade do Grupo para concretizar a meta de alcançar no final do ano e pela primeira vez na história, um valor anual superior a 5 mil milhões de euros de faturação”. Um objetivo que tinha sido avançado em agosto pela empresa.
Quanto ao resultado líquido de 51 mil milhões de euros, é um “valor que equivale ao melhor resultado líquido anual alcançado pelo grupo Mota-Engil nos últimos 10 anos. A empresa destaca ainda que o EBITDA (Lucros antes de impostos, depreciação e amortização) cresceu 14% para 551 milhões de euros.
A área de negócio de engenharia e construção cresceu 73% para 3524 milhões de euros em todas as geografias, em que além dos 129% registados na América Latina, Europa e África cresceram 30% e 31%, respetivamente. No sector do Ambiente, a faturação aumentou 26% em termos homólogos para um total de 425 milhões de euros.
Para o crescimento da carteira de encomendas, o grupo destaca os contratos obtidos entre julho e setembro como o de fornecimento de material circulante para a linha de Kano-Maradi-Dutse no norte da Nigéria, avaliado em 840 milhões de euros. Ainda no continente africano, surgem os contrato para a mina de ouro de Boto, no Senegal (495 milhões de euros) e o prolongamento do contrato de mineração em Gambsberg, na África do Sul.
Os principais mercados da Mota-Engil representam 10,6 mil milhões de euros. O México, onde o grupo está a desenvolver, por exemplo o Tren Maya, o maior projeto ferroviário da América Latina, mantém-se o principal mercado do grupo representando 29% da carteira de encomendas. Segue-se a Nigéria (19%) e Angola (14%).
A empresa destaca ainda que a carteira de encomendas “suportará um fluxo sólido de receitas que permitirá alcançar o objetivo de €5 mil milhões de euros em 2023, assegurando uma forte evolução durante o ano de 2024” .Fora dos fecho do terceiro trimestre, está, entretanto, a adjudicação no Brasil pela Petrobras de um contrato de 160 milhões de euros.