Três anos e meio depois do Luanda Leaks causar uma revolução no Eurobic, os espanhóis do Abanca concluíram a sua aquisição.
Segundo avança à imprensa portuguesa, é um reforço da presença espanhola na banca em Portugal, e a perda de importância dos angolanos, numa transação em que o grupo espanhol esconde o preço pago – da mesma forma que o fez quando cresceu no país com a aquisição do Deutsche Bank, em 2018.
Em comunicado tornado público esta quarta-feira, 15 de novembro, a Abanca informou sobre o acordo para a compra de 100% do BIC, o que quer dizer que fechou negócio não apenas com os minoritários (com destaque para Fernando Teles, com 37,5% do capital), como também com Isabel dos Santos.
Dona de 42,5% do banco, a investidora angolana tem a sua posição congelada pela justiça desde 2020 e dali não pode tirar dividendos. Agora, vende a sua participação.
“O acordo de compra, alcançado após a conclusão da correspondente due diligence, está sujeito, como acontece neste tipo de transações, à autorização das autoridades competentes. O Banco de Portugal tem vindo a acompanhar a transação, tendo sido informado em pormenor dos seus termos. Com esta operação, o banco reforça significativamente a sua presença em Portugal e torna-se o oitavo maior banco do país”, indica o comunicado.
