Doze países africanos, incluindo Angola, figuram na lista da Economist Intelligence Unit (EIU) dos 80 destinos de investimento mais atraentes para as empresas chinesas na próxima década.
A maioria dos países africanos na lista dos destinos mais atraentes para o investimento chinês tiveram um desempenho excepcionalmente bom na categoria de “expansão do mercado”, considerando o tamanho significativo da sua população, de acordo com a EIU.
Os 12 países africanos mais atraentes para os investidores chineses na próxima década são África do Sul (13º entre 80 países), Egipto (17º), Marrocos (33º), Argélia (38º), Tanzânia (42º), Angola (53º), Nigéria (56º), Etiópia (58º), Zâmbia (63º), República Democrática do Congo (67º), Quénia (68º) e República do Congo (76º).
Esta classificação baseia-se em 200 indicadores distribuídos por dois pilares principais: oportunidades e riscos. Todos os indicadores foram compilados para estabelecer uma pontuação para cada categoria, que foi então agregada para formar pontuações tanto para os pilares de oportunidade como de risco.
Estas duas pontuações foram combinadas e igualmente ponderadas para gerar uma pontuação global para cada destino de investimento.
O relatório “China Going Global Investment Index 2023 – The Belt and Road Initiative’s second decade” indica que a África do Sul será o país africano mais atraente para os investidores chineses na próxima década, ocupando o 13º lugar num total de 80. Isto representa um significativo melhoria em relação à edição de 2013, onde este país africano ficou em 49º lugar.
No entanto, nenhum país africano aparece entre os 20 principais países com os sectores de tecnologia e inovação mais desenvolvidos. Apenas três países africanos, Egipto, África do Sul e Marrocos, aparecem no top 20 das cadeias de abastecimento mais eficientes.
No que diz respeito aos recursos naturais, embora muitos países africanos disponham de recursos abundantes, também enfrentam elevados riscos operacionais e financeiros.
A nível mundial, Singapura continua a ser o país mais atraente para os investidores chineses, seguida pela Indonésia, Malásia, Hong Kong, Tailândia, Vietname, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Chile.
A predominância dos países asiáticos no top 10 deve-se aos laços culturais, à proximidade geográfica com a China, aos recursos naturais abundantes e à infra-estrutura logística bem desenvolvida.