O governo do presidente americano Donald Trump está a considerar uma expansão drástica da proibição de viagens, visando cidadãos de mais 36 países de África, Caribe, Ásia e Pacífico.
Um memorando assinado pelo Secretário de Estado Marco Rubio e visto pelo The Washington Post descreve novas e abrangentes exigências sobre verificação de identidade e aplicação de vistos.
Os países têm 60 dias para cumprir ou correm o risco de proibições de entrada totais ou parciais. Críticos alertam que a medida reacende táticas discriminatórias, ecoando a proibição de entrada de muçulmanos imposta por Trump em 2017.
A directiva emitida neste fim de semana, é assinada pelo Secretário de Estado Marco Rubio.
A mesma instrui os diplomatas americanos a darem aos países listados até as 8h de quarta-feira para apresentarem planos de acção iniciais para atender aos novos e rigorosos requisitos de segurança e verificação de identidade.
O memorando identifica uma ampla gama de países actualmente sob análise. Vinte e cinco estão em África, incluindo Egipto, Etiópia, Djibuti e Nigéria.
Os países caribenhos de Antígua e Barbuda, Dominica, São Cristóvão e Névis e Santa Lúcia também são mencionados. Outros incluem Butão, Síria, Tonga e Vanuatu.
Se esses países não cumprirem os padrões dos EUA em 60 dias, poderão enfrentar proibições semelhantes às decretadas no início deste mês por ordem executiva de Trump.
Essa medida provavelmente também desencadearia batalhas legais nos tribunais dos EUA e intensificaria as críticas globais à postura imigratória dos Estados Unidos sob a liderança de Trump.
Lista de países
Angola, Antígua e Barbuda, Benim, Butão, Burkina Faso, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Domínica, Egipto, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Quirguizistão, Libéria, Malawi, Mauritânia, Níger, Nigéria, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Tonga, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia, Zimbabué.
