Iuri Valter de Sousa Santos actual Secretário de Estado do Ambiente) é apontado como o “mixeiro-mor”que, há anos, controla e comanda o esquema montado no Ministério do Ambiente.
Segundo a fonte, há anos que anda montado um esquema na atribuição de licenças ambientais e de resíduos, na elaboração de estudos de impactes ambientais, na selecção das consultoras ambientais, na negociação e pagamento de multas em benefício próprio e em prejuízo do Estado.
De acordo com o Novo Jornal, Iuri de Sousa Santos, em 2019, foi exonerado do cargo de chefe do Departamento de Licenciamento do Ministério do Ambiente pela então titular, Paula Francisco Coelho.
As autoridades de investigação foram accionadas, ele foi expulso do gabinete e o seu computador portátil foi confiscado, começando aí uma relação de crispação e ódio com a antiga ministra. Atirado pelos cantos da instituição como um simples técnico, Iuri Santos renasce das cinzas com a nomeação de Adjani Costa para ministra da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA).
Chegou a ser o responsável da extinta Direcção Nacional de Prevenção e Avaliação de Impactes Ambientais (DNPAIA). É já na gestão da actual ministra que é indicado para o cargo de Director Nacional de Tecnologias Ambientais (DNTA), altura em que ela exara um despacho executivo que dá poderes a este organismo para licenciar e fiscalizar empresas em termos de matéria ambiental, o tal despacho que nunca foi publicado em Diário da República e que não tem respaldo legal.
Um verdadeiro conflito de interesses em que o tal organismo licencia e fiscaliza, ou seja, é árbitro e jogador. Mas tudo sido feito e organizado de formas a que Iuri Santos tivesse o controlo de uma das áreas de maior fonte de receitas e o epicentro da teia de corrupção interna. É na qualidade de responsável da DNTA que Iuri Santos negocia a multa da Catoca e faz o parecer da proposta de medidas de compensação.