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Secretário provincial do PRS no Huambo critica atribuição do nome de Faustino Muteka a uma centralidade

O secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS) no Huambo, António Soliya Selende, criticou o facto de o reconhecimento de mérito serem atribuídos a pessoas que não lutaram para o alcance da independência de Angola em 1975, para quem isso tem feito com que se perca o verdadeiro sentido da história.

O responsável reagia ao Luanda Post relativamente a atribuição do nome de Fernando Faustino Muteka a uma nova centralidade no município da Caála, província do Huambo, inaugurada na semana passada, pela ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira, no âmbito das comemorações dos 45 anos da independência nacional.

Conhecido pela sua frontalidade crítica contra os actos do Governo naquelas paragens, Selende afirmou que o município da Caála não tem nada que toca nos corações dos seus habitantes que justifica o nome do ex-governante a um projecto habitacional.

“Isso simplesmente acontece por questões da vontade do MPLA”, salientou, para depois lembrar que há pela província nomes históricos que muito bem podiam ser atribuído à centralidade como os dos mártires de Kanhana ou do túmulo de Huambo Kalunga, este último, já que se encontra a menos de um quilómetro.

Portanto, Fernando Faustino Muteka é um antigo militante do MPLA, nascido na localidade de Bunje, município do Chipindo, província da Huíla, tendo exercido vários cargos no Governo sendo das quais como governador do Huambo entre 2009 a 2014.

A atribuição do seu nome ao referido condomínio é justificada pelas autoridades locais, como um acto de homenagem a sua figura supostamente na qualidade de nacionalista e ex-governador da província. Sobre estes argumentos, Selende aventa que o Huambo não tem nenhuma ligação histórica relacionada à independência ao nome do ex-governante e acusa o partido no poder de politizar as instituições. Traição à independência Aquilo que se previa pelos três movimentos não foi o que aconteceu, visto que um deles achou que sozinho teria feito o melhor, mas que na verdade causou mais sofrimento ao povo angolanos, considerou o responsável pelo PRS na província do Planalto Central.

Quanto aos três ícones da independência, disse ser uma vergonha que ao longo dos 45 anos apenas tem se exaltado uma única figura, a de Agostinho Neto, excluindo-se de forma propositada os outros dois nacionalistas Holden Roberto e Jonas Savimbi, respectivamente.

“É preciso que as novas gerações saibam que além de Agostinho Neto há também os nomes de Holden Roberto e Jonas Savimbi na história do país sobre a luta pela independência”, realçou, recordando por outro lado, que cada um deles tinha uma meta a atingir: um que diz “olhar primeiro o angolano”, outro que diz “o mais importante é resolver os problemas do povo” e ainda outro que diz “a terra deve ser a fonte de riqueza”. Para António Selende, estas palavras deviam constituir como bússola para o desenvolvimento do país.

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