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“Sam Pa é o proprietário do património entregue à PGR pelos generais Dino e Kopelipa”

O tema sobre a entrega de vários bens ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos, incluindo empresas e edifícios, pelos generais Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, continua a dar que falar.

O jornalista William Tonet, revelou hoje, à rádio MFM, que os bens apreendidos pertecem a Sam Pa, um empresário Chinês próximo ao ex-vice-presidente da república Manuel Vicente e, ao antigo Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, que terá conhecido ao tempo em que estudou na União Soviética.

“Se formos ver, todos os orçamentos gerais do estado, todos os fundos terceirizados pela Sonangol, nenhum vai para este propósito” excresceu o jurista tendo afirmado que dos investimentos agora apreendidos pelo Estado, resultam de investimentos externos do referido empresário.

Com provas documentais, William Tonet, sustenta a sua afirmação apontado que, só a CIF-Imobiliária tem um investimento perto de 700 milhões de dólares, China International Found (CIF), com um investimento e mais de 350 milhões de dólares, enquanto que a fábrica de cimento (Nova Cimangola) teve um investimento externo na ordem dos 340 milhões de dólares americanos.

Segundo William Tonet, entende que o Ministério Público coloca-se ao escrutínio da suspensão “e não é bom, porque nós estamos recuperar capitais ou fundos do Estado, devemos fazê-lo com verdade e seriedade para não dar falsas expectativas às populações”.

William acredita que nestes casos, o Estado, em primeiro lugar deveria fazer um levantamento criterioso daquilo que se pretende recupera e saber durante e quanto tempo as pessoas que estiveram à frente de instituições geriram tais fundos.

O também jurista é de opinião que a solução passaria por uma auditoria justa e transparente.

“Para mim, não me move porque eu fui uma das pessoas lesadas pelo general Kopelipa, quando esteve a liderar a Casa Militar. O quê que eu quero agora é uma raiva cega contra o general Kopelipa, questionou, sublinhado que o importante é que ele sinta a justiça quando se está em cargos públicos.

“Se nós destilarmos a raiva à vingança vamos nos tornar tão monstros quanto aqueles que queremos combater”, lembrou.

Um outro elemento apontado por William Tonet, é a forma com que se está a fazer a recuperação dos activos. Na sua visão, o Estado tem legitimidade de chamar qualquer nome mas, não por via de confiscos e arrestos.

Recorde-se que a Procuradoria-Geral da República (PGR), anunciou no dia 14 de Outubro, a entrega de vários bens ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos,incluindo empresas e edifícios, pelos generais Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.

Entre os bens entregues pelos generais, representantes das empresas China International Fund Angola – CIF e Cochan, S.A., constam fábricas de cerveja e cimento, uma rede de supermercados e edifícios que “passam a integrar, de forma definitiva, a esfera patrimonial do Estado”.

Os dois generais, foram constituídos arguidos no âmbito de um processo relacionado com contratos entre o Estado e a empresa China International Found (CIF), no âmbito do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional e começaram a ser ouvidos na PGR.

Os representantes da empresa CIF fizeram também a transferência de titularidade para a esfera patrimonial dos bens que já tinham sido apreendidos nos dias 11 e 17 de fevereiro, designadamente 24 edifícios de habitação e outros equipamentos da centralidade do Zango 0 denominada “Vida Pacífica”, a centralidade do Kilamba KK5800, com 271 edifícios e 837 vivendas em diferentes níveis de construção e os edifícios Cif Luanda One e Cif Luanda Two.

CIF Limited é uma empresa privada chinesa com sede em Hong Kong e um escritório em Pequim, fundada em 2003 para financiar projectos de reconstrução nacional e desenvolvimento de infraestruturas nos países em desenvolvimento, principalmente em África.

Em Angola, participou na construção de vários empreendimentos sociais e estava ligada a várias empresas.

Segundo um relatório do centro de estudos britânico Chatham House, publicado em 2009, a CIF teria ligações à China Angola Oil Stock Holding Ltd, que negociaria com o petróleo angolano através da China Sonangol International Holding.

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