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Rui Campos será dono do Banco Keve

Rui Campos, PCA do banco até 2019, prepara-se para ficar com a maioria do capital do Banco Keve, numa estratégia que em termos práticos lhe pode dar a maioria do capital, com um preço por acção três vezes inferior ao valor da avaliação certificada pela Delloite, que apontava para 6.000 Kz por unidade, oferecendo Rui Campos apenas 2.000 por cada uma.

Segundo o Jornal Expansão, esta oferta surge através de duas vias, de forma pessoal e através de uma das suas empresas, que em caso de aprovação na assembleia-geral se juntam à percentagem que já possui, ficando com 51%.

A publicação recorda que Rui Campos cumpriu três mandatos como PCA do Keve, de 2008 a 2018, tendo sido eleito para um quarto mandato que iria até 2022. Com o crescendo das investigações na PGR acerca de alguns casos onde o seu nome era referenciado, saiu do País no final de 2018, tendo sido substituído no cargo em Dezembro de 2019, devido a esta longa ausência, por José Pedro de Morais, que tem uma participação pequena no capital do banco.

De acordo ainda com a fonte, pelo facto de não estar em Angola, Rui Campos não participa nas assembleias-gerais do banco há cerca de três anos, sendo representado pelo general Higino Carneiro. Foi este que na última assembleia-geral leu a carta de intenções de Rui Campos para a compra de 50% do capital da instituição por aumento de capital por um valor de 10 mil milhões de kwanzas, através de uma carta mandadeira, figura jurídica que se utiliza nestes casos.

O Expansão sabe que houve troca de correspondência entre o PCA da instituição, José Pedro de Morais, e Rui Campos, mas o trabalho de lobby feito junto dos outros accionistas que estão no País tem sido feito por Higino Carneiro. “Na prática é ele que representa o Rui Campos”, garantiu-nos um accionista que acrescentou, “têm outros negócios e interesses comuns, que não se esgotam no banco”.

Constam da lista dos accionistas do Banko Keve: general Higino Lopes Carneiro, e esposa Ana Maria Isaac – maiores accionistas, com 9,02%; general Manuel Hélder Vieira Dias ”Kopelipa”, com 2,57%; general Carlos Hendrik Vaal da Silva, com 2,57%; André Luís Brandão,  com 2,57%; Ivan Leite de Morais, com 2,57%; José Amaro Tati, com 1,48%; Francisco José Ramos da Cruz, deputado do MPLA, com 1,39%; general Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, com 1,04%; general Armando da Cruz Neto, com 1,04%; general António dos Santos França “Ndalu”, deputado do MPLA, com 1,04%; António André Lopes, PCA do BPC, com 1,04%.

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