A cerca sanitária a Luanda, na prática, só veio complicar a vida dos cidadãos angolanos que já é precária, se tivermos em conta o incumprimento dos objectivos que nortearam a sua existência.
Segundo o site na Mira do Crime, viajar de Luanda para o resto do país, principalmente para o centro, sul e leste de Angola, requereria o teste da Covid, mas há muito que este pressuposto vem sendo violado, com aquele olhar impávido das autoridades.
De Luanda para o Huambo, por exemplo, adianta a fonte, os cidadãos são obrigados a pagar 30 mil Kwanzas contra os 8 mil que eram aplicados antes da Covid.
“Paga-se este valor se tiveres o comprovativo do teste, mas se não fizeres teste, o motorista cobra 35”, revelou um cidadão que viajou para o planalto central.
Segundo o nosso interlocutor, os motoristas alegam a existência de uma intimidade com os agentes da ordem, quando o assunto é violar a cerca sanitária a capital do país.
Este procedimento verifica-se em todas as províncias, disse um outro cidadão que circula entre Luanda e Cuando Cubango, desde que se instalou a cerca sanitária.
“Não é preciso dar muita volta para ver a corrupção que existe nas estradas de Luanda. Primeiro e que a polícia não tem meios e forças suficientes para fiscalizar todas as viaturas que circulam nas estradas do país, para tal, quando deparam-se com um autocarro que leva passageiros, nem se dão massada de ver quem tem teste de covid, chamam apenas o motorista que deve obrigatoriamente apresentar o teste dele, e depois pode seguir caminho”, denunciaram.
O Na Mira do Crime soube de várias fonte que, embora o mau estado das estradas não seja motivo suficiente para elevar o preço dos transportes, os motoristas fazem das suas para satisfazer os apetites de alguns agentes da Polícia Nacional que estão na linha da frente da violação da cerca sanitária a capital do país.
Abordando o assunto do outro flanco, algumas forças políticas da oposição entendem que já não faz sentido isolar Luanda, pelo facto de o vírus estar presente em todo o país.