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Países emergentes retomam actividade económica somente em 2023

Para a economia mundial, o FMI reviu o crescimento de 2021 em alta. A explicar esta correção está a expectativa agora de um comportamento mais forte dos Estados Unidos – associado ao pacote de estímulos da administração de Joe Biden – mas um desempenho mais fraco da economia europeia.

Segundo o Jornal de Negócios, o Fundo está particularmente preocupado com os ritmos divergentes de saída da crise e nota que essas diferenças estão acentuadas tanto entre regiões do globo, como entre países e também dentro de cada economia.

Por exemplo, os peritos notam que a China recuperou o seu nível de actividade pré-pandemia já em 2020, os Estados Unidos deverão alcançar esse nível este ano, mas as restantes economias avançadas só deverão conseguir lá chegar em 2022.

Os outros países emergentes, por seu lado, só deverão conseguir recuperar o nível de actividade pré-pandemia em 2023.

“As perdas de produção foram particularmente grandes nos países dependentes do turismo e de exportação de matérias-primas e para os que têm uma capacidade de resposta mais limitada”, sublinha o documento. Depois, mesmo dentro de cada país, a população sofreu de forma diferente. A contração teve “impactos particularmente severos no emprego e nos rendimentos de determinados grupos”, continua o documento, destacando “os jovens, as mulheres, os trabalhadores com níveis de escolaridade mais baixos e os trabalhadores informais”.

O resultado é o aumento da desigualdade de forma expressiva: “Estimam-se que mais quase 95 mil pessoas tenham caído num nível de pobreza extrema, face ao que era esperado antes da pandemia”, sublinha o FMI. A isto somam-se impactos educacionais mais negativos nos países de baixos rendimentos e em desenvolvimento, com especial incidência entre os alunos de famílias mais pobres, uma vez que tiveram mais dificuldade em lidar com a necessidade de encerramento do ensino presencial.

O FMI indica que a incerteza no horizonte de projecção mantém-se elevada, mas que no curto prazo os riscos estão equilibrados, admitindo-se até um desempenho melhor do que o previsto no mais longo prazo.

Os países terão de conseguir adaptar as suas respostas às várias fases da pandemia e da crise, procurando afinar os apoios para manter o suporte por tanto tempo quanto for necessário e evitar retiradas bruscas das medidas. Ao mesmo tempo, devem preparar uma saída da crise que promova o combate às alterações climáticas e a digitalização, defende o FMI.

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