Pela primeira vez uma uma mulher e, no caso, uma africana, chegou à liderança da Organização mundial do Comércio.
De acordo com à RFI, a nigeriana Ngozi Okonjo Ieweala, antiga ministra das finanças promete reformar o que não é reformável e assume-se optimista quanto a ultrapassar o impasse em que está mergulhada a OMC.
A antiga ministra nigeriana das finanças entra na história ao chegar hoje à liderança da OMC, quando há apenas 3 meses, a administração Trump lhe tinha bloqueado o acesso ao cargo.
Com 66 anos, Ngozi Okonjo Ieweala estudou economia do desenvolvimento em Harvard, nos Estados Unidos, antes de integrar o governo nigeriano, com a estratégica pasta das finanças, onde deu nas vistas ao obter um acordo visando a anulação de biliões de dólares da dívida do seu país para com o Clube de Paris.
“Reformar o que não é reformável” eis o que ela promete, afirmando-se segura de poder resolver os problemas com que a organização sedeada em Genebra se debate.
Ieweala deve procurar avanços nas negociações do comércio internacional, em larga escala dominadas pelo triângulo Estados Unidos / União Europeia / China.
Num contexto de tensão entre Pequim e Washington ou do proteccionismo reforçado pela pandemia no ano passado.
Subsídios para o sector da pesca são outro tema delicado, bem como o facto da organização ter de desistir dos direitos de propriedade intelectual sobre os bens essenciais na luta contra o coronavírus.