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Luanda continua com velhos problemas estruturais

 Tendo um número de habitantes estimado em 8,2 milhões, a província de Luanda continua ser a mais populosa do país, tal como indicam dados de 2018 elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística.

Com efeito, cerca de 70% da população luandense é jovem em idade activa, sendo que grande parte encontra o primeiro emprego no mercado informal. Normalmente, as mulheres têm maior predominância na actividade de venda ambulante, em mercados, ou mesmo, na prestação de serviços domésticos.

Provavelmente, nem mesmo Paulo Dias de Novais, à data da descoberta e fundação da cidade de Luanda, previa os problemas estruturais que hoje Luanda enfrenta. A insuficiência de saneamento básico, rede de distribuição eléctrica e de água potável, consta entre outros, dos principais cartão-de-visita.

O economista Augusto Fernandes, em entrevista ao Luanda Post a propósito das celebrações do 445º aniversário da cidade capital, considera que a sua imagem está a rebentar pelas costuras. Enumerando alguns aspectos, lembrou que mesmo depois de ter ganho a construção de várias centralidades e dado início a um programa de reconversão urbana e requalificação dos municípios do Cazenga e Sambizanga, o cenário de Luanda continua péssima vista de cima.

“O que é verdade e já não se pode esconder é o facto de a capital angolana não ter espaço para realização de actividades agrárias, e mesmo, instalação de unidades fabris”, sublinhou Fernandes.

Entretanto, o economista defende a necessidade da criação de condições transversais no sentido de pôr fim às assimetrias regionais.

O mesmo entende que essa medida poderá influenciar de forma positiva à população, a emigrar de Luanda para as províncias vizinhas, em busca de melhores condições de vida. Salientar que, por causa das restrições impostas pela crise sanitária devido à pandemia da Covid-19, este ano as festividades na cidade de Luanda não serão realizadas como é habitual para os luandenses e a governadora da Província de Luanda, Joana Lina, reconhece que a actual imagem da cidade não é das melhores e garante que continua a trabalhar para inverter o quadro da capital angolana.

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