InícioEm DestaqueLibanês procurado pelos EUA era considerado o “Rei do Pão” no Congo

Libanês procurado pelos EUA era considerado o “Rei do Pão” no Congo

Saleh Assi o cidadão libanês que goza de protecção das autoridades judiciais angolana, viu em 2019 os seus bens congelados pela justiça congolesa, depois que Washington o acusou de financiar o Hezbollah.

Segundo alguns sites congoleses, em 2019,  temendo a interrupção do fornecimento de pão, o governo permitiu que os seus negócios abrissem novas contas bancárias sob supervisão dos órgãos judiciais congoleses.

A 13 de Dezembro de 2019, o Departamento do Tesouro dos EUA acusou Saleh Assi e um outro parceiro de negócios  de serem “lavadores de dinheiro” que geraram “dezenas de milhões de dólares para o Hezbollah.

Os negócios foram colocados sob “um administrador independente até que uma solução duradoura seja alcançada, em linha com os requisitos da decisão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos”.

Os Estados Unidos consideram o Hezbollah uma organização “terrorista”. O grupo também é um actor político importante no Líbano.

Inimigo do vizinho Israel, o Hezbollah é a única facção que não se desarmou após a guerra civil do Líbano de 1975-90.

No início de 2018, as autoridades na RDC forçaram Assi a abandonar um plano de aumento de preços, o que, segundo eles, desestabilizaria o país.

Em Angola, Assi que usa um outro nome “Abdul Hamid Assi”, assume-se como investidor em fábricas (massas, bolachas e óleos alimentares), o que também permitirá aceder a divisas e benefícios, nomeadamente fiscais.

De acordo com a Newsletter África Monitor, Assi foi expulso de Angola em 1996, por suspeitas branqueamento capitais, processo em que interveio o General Fernando Garcia Miala. Reentrou no país em data incerta, com novo passaporte.

Em 2015, durante a vaga de afastamento de estrangeiros suspeitos de actividades ilı́citas, foi novamente expulso, mas regressou em 2016, não tendo desde então sofrido sanções ou impedimentos. Desde 2020 não há registo de entradas e saı́das do paı́s, apesar de diversas deslocações ao estrangeiro, suspeitando-se que beneficia de protecção de agentes de polícia de fronteiras, para evitar ser expulso.

 

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