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Jurista vê relatório da Pangea Risk como um “exercício de relações públicas”

O jurista português Rui Verde levanta dúvidas quanto ao relatório da consultora especializada em análise de gestão de risco em África e no Médio Oriente, Pangea Risk.

Em declarações à DW África, Rui Verde diz que realidade não são apontadas quaisquer fontes que confirmem essa investigação, nem oficiais nem oficiosas, portanto parece-me muito pouco provável que essa investigação exista. “O relatório em si é uma síntese de várias informações que têm vindo a surgir ao longo do tempo nos jornais”, explica Rui Verde.

“Eu vejo o relatório mais como um exercício de relações públicas – de determinadas partes contra outras partes – mas não como um exercício definitivo ou com uma força institucional própria.”

Uma das suspeitas já levantadas a que o relatório se refere seriam alegações de pagamentos de subornos e comissões ilegais pela brasileira Odebrecht a empresas detidas por João Lourenço, a sua mulher, Ana Dias Lourenço, e parceiros de negócios próximos.

“Uma não notícia”

Para Rui Verde, o relatório acaba por ser uma “não notícia”. O analista aponta ainda para o timing da publicação: com a aproximação do congresso do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), em dezembro, e as eleições  gerais em 2022, “ou o combate à corrupção acaba ou o combate à corrupção intensifica-se”.

“Este relatório vem pressionar e criar a ideia de que, como são todos corruptos, o melhor é não haver combate à corrupção nenhuma, essa acaba por ser a conclusão implícita”, sublinha.

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