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Goldman Sachs volta a ter um “partner” português

Chama-se José Barreto. Aos 40 anos chega a “partner” da Goldman Sachs. E torna-se o segundo português a conseguir o estatuto naquele que é considerado um dos bancos mais poderosos a nível mundial.

José Barreto nasceu em Coimbra há 40 anos. Foi, na cidade dos estudantes, enquanto estudava Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, que se tornou radialista na estação da Universidade de Coimbra. Os computadores ainda ocuparam os primeiros anos profissionais, na Agência Europeia Espacial, em Madrid, tendo trabalhado no desenvolvimento de software de controlo dos sistemas de satélites. Mas a carreira tomaria outro rumo. Tornou-se consultor da McKinsey em 2004, tendo, depois, rumado a Nova Iorque para, entre 2006 e 2008, fazer o MBA na Columbia Business School.

Seguiu para a Goldman Sachs, para entrar, em 2008, como associado na equipa de banca de investimento, chegando em 2015 a diretor-geral desta área para os setores industriais.

A 1 de janeiro de 2021 chegará a “partner” do banco todo-poderoso. É a segunda vez que a Goldman Sachs tem um “partner” português. António Esteves foi o primeiro, tendo saído da instituição financeira em 2016. José Barreto será o próximo, e na área mais relevante da Goldman Sachs, na banca de investimento. Aos 40 anos entra na elite da banca mundial. “É um orgulho para Portugal voltar a haver um português como ‘partner’”, comenta ao Negócios José Luís Arnaut, salientando ser “um reconhecimento” e pelo “mérito”. O membro do conselho consultivo internacional da Goldman Sachs acrescenta que José Barreto é uma estrela na banca e em ascensão. Poucos chegam a “partners” aos 40 anos. No mundo da banca assume-se que chegar a “partner” da Goldman Sachs é o equivalente a um atleta ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

José Barreto vive, e aí permanecerá, em Londres com a mulher e quatro filhos. Foi, aliás, na cidade britânica que começou a carreira na Goldman. Agora é responsável pelos serviços empresariais e de consumo na divisão da banca de investimento em toda a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com a missão de aconselhar empresas em processos de fusão e aquisição e transações de capital e dívida. Juntando, desde 2019, a liderança do negócio do Reino Unido do grupo de “cross markets”, uma área em que a Goldman Sachs tem investido muito e apostado para o futuro.

Juntamente com José Barreto foram convidados para serem “partners “mais 59 pessoas”. Deste grupo, 27% trabalharam em mais do que uma divisão da Goldman Sachs e 15% em mais do que uma região, de acordo com dados do banco britânico. Os 60 novos “partners” chegam de 17 países.

A diversidade é também um ponto salientado pela Goldman Sachs nestas escolhas, dizendo que 47% das escolhas mostram essa diversidade, incluindo mulheres, negros, hispânicos/latinos e asiáticos.

Um ano de menos nomeações

Este ano foram escolhidos 60 profissionais para ascenderem em janeiro próximo a “partners”. Essas escolhas são feitas de dois em dois anos. Segundo foi noticiado pela imprensa norte-americana, será, desde meados dos anos 90, das vezes em que menos elementos chegam a “partners”. Na seleção anterior, em 2018, foram escolhidos 69, depois de terem sido 84 em 2016 e 78 em 2014.

A Goldman Sachs, que tem ativos de 1,1 biliões de dólares, é um dos principais bancos de investimento. Considerado um “clube” para elites, tem outros dois portugueses na sua lista de profissionais.

José Luís Arnaut no conselho consultivo e Durão Barroso é o “chairman” da Goldman Sachs International, uma nomeação, aliás, que foi polémica, já que dois anos antes de ingressar no banco de investimentos (em 2016) tinha deixado as funções de presidente da Comissão Europeia.

Texto: Negócios

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