O futebol chinês passa por graves dificuldades financeiras e os milhões que outrora seduziam jogadores e treinadores europeus deram lugar a falências e até ao desaparecimento de clubes, revela o diário desportivo português Record.
Segundo a fonte, o último foi o Jiangsu Suning, nada mais nada menos do que o campeão em título. A empresa que o sustentava anunciou o fim da atividade da equipa de futebol.
De acordo ainda com a fonte, de nada lhe serviu ganhar o título. As dívidas acumuladas nos últimos anos determinaram o fim de um clube que pagou 50 milhões de euros por Alex Teixeira e 28 por Ramirez. Em 2019 o Jiangsu Suning até mostrou interesse Gareth Bale…
O Recorda avança que a crise do futebol chinês agudizou-se com a covid-19. Em três épocas desapareceram 16 clubes; há quatro temporadas a China chegou a pagar 380 milhões de euros em contratações, mas na última foram apenas 7,5. Longe dos tempos em que os clubes gastavam milhões e milhões, como os 55 pagos por Hulk pelo Shanghai SIPG.
O Governo antevia esta crise e tentou travar os gastos. Por isso quis que a federação recebesse o mesmo valor da transferência internacional, ou seja, se o clube pagar 10 milhões por um jogador, a federação teria de receber outros 10… Além disso, esta época fixou-se o salário de 3 milhões de euros, o que levou ao êxodo de estrelas como Teixeira, Hulk, Pellé, Ighalo, El Shaarawy, Rondón, Goulart…
Os treinadores também saíram. Rafa Benítez, Vítor Pereira, Bruno Genesio ou Van Bronckhorst deixaram o país, que agora tem um campeonato sem estrelas, sem dinheiro… e sem campeão.