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Ex-BESA está “rebentado” financeiramente

O Banco Económico, instituição angolana que nasce após destruição do Banco Espírito Santo Angola, vive “dificuldades financeiras” de enorme dimensão.

A publicação afirma que a “gravíssima situação financeira do Banco Económico suscita as maiores dúvidas quanto ao paga mento futuro do remanescente do empréstimo subordinado, o que poderá aumentar as perdas com esta operação dos atuais 4.850 mi lhões de dólares para 5.197 mi lhões de dólares (incluindo os cerca de sete milhões de dólares da participação no capital)”, lê-se no documento interno do banco.

Em 2018 o BNA impôs ao Banco Económico um aumento de capital de 1,2 mil milhões de dólares, mas esse aumento não ocorreu.

Por outro lado está também em risco o valor da participação de 9,7% que ficou no Banco Econó mico em troca da dívida que o BES Angola tinha ao BES de 4,5 mil milhões de dólares (à data equivalia a 3,3 mil milhões de eu ros) e que tinha sido concedida como linha de mercado monetá rio de apoio de liquidez à subsi diária angolana.

Segundo o documento a que o JE teve acesso, a frágil situação fi nanceira do Banco Económico pode agravar as perdas de Angola no balanço do Novo Banco para 5.197 milhões de dólares (4.402,4 milhões de euros). Portanto, à perda da participação acionista no Banco Económico, que o Novo Banco tem registado no seu ba lanço ao valor de sete milhões de dólares (cerca de seis milhões de dólares), junta-se o risco de perda do empréstimo obrigacionista su bordinado.

As contas do Novo Banco de 2020, que serão apresentadas esta sexta-feira, deverão já refletir um aumento do risco de perda de 347 milhões de dólares (293,9 milhões de euros). Toda a exposição ao Banco Económico, incluindo este empréstimo obrigacionista, está coberta pelo Mecanismo de Capi talização Contingente do Fundo de Resolução. Isso significa que qualquer reforço de imparidades agrava a factura do Fundo. O Novo Banco diz que não comenta as contas.

O Novo Banco conta com um factor de mitigação deste risco, que é o facto de o Banco Económico (quinto maior banco de Angola) ter passado a ser detido pela So nangol, em 70,2%, desde agosto.

A credibilidade da Sonangol mitiga o risco de o Banco Econó mico entrar em default com a emissão de obrigações subordina das subscrita pelo Novo Banco.

Texto: Alta Finança / Jornal Económico 

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