InícioBusiness IntelligenceEPAL desperdiçou 300 milhões dólares com o projecto das 700 mil ligações

EPAL desperdiçou 300 milhões dólares com o projecto das 700 mil ligações

300 milhões de dólares é o valor global investido pelo Executivo angolano e supervisionada pela Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), na execução do projecto das 700 mil ligações domiciliares iniciado em 2012.

O projecto foi dado terminado em 2017, mas apesar disso, muitos bairros em Luanda que beneficiam da referida empreitada, continuam sem acesso à água potável.

Convidado a comentar sobre o assunto, o jurista Agostinho Vigário, considerou tratar-se de mais um “desperdício” dos fundos do Estado, à semelhança de outros, aplicado em projectos públicos que não deram resultados.

Entretanto, numa ronda efectuada em alguns bairros como Tala Hady, Hoji-Ya-Henda, 11 de Novembro, no Cazenga, Zango 4 e Estalagem, em Viana, Bairro da Corimba, na Samba, constatamos que a água não jorra desde que foram instaladas as torneiras nas residências.

No Bairro Ilha da Madeira, no Cazenga, por exemplo, a água não chega às casas por falta de pressão nas tubagens. O mesmo acontece nos bairros Sonef e Mabor.

Em virtude desta situação, os moradores continuam a comprar o precioso líquido nos tanques das casas, que no entanto, a banheira é vendida a 100 kwanzas e o bidon 50.

Para o também docente universitário Agostinho Vigário, este problema resulta da falta de qualidade com foi executada empreitada. Neste caso, disse, o Executivo está no direito de exigir uma indemnização, ou então, uma nova intervenção dos trabalhos a empresa empreiteira.

“Falo precisamente sobre o código de defesa do consumidor”, referiu Agostinho Vigário que defende uma maior fiscalização das empresas durante o acto de implementação, seja qual for o tipo de obra, de maneira evitar situações do género.

Para a execução desta empreitada a EPAL contratou a empresa chinesa Sinohydro Corporation, que executou 254.507 ligações distribuídas em Viana, Cacuaco, Kilamba Kiaxi e Sambizanga, e a empresa Guangxi Hidroeletric Constrution Bureau, outra construtora chinesa, que executou 415.076 ligações distribuídas no Cazenga, Rangel, Ingombota, Samba, Futungo e Maianga, no valor global de 300 milhões de dólares.

Não foi possível obter a versão da EPAL.

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