Apesar da proibição feita pelo Governo da Província de Luanda, em comunicado de imprensa na passada sexta-feira, dando lugar a suspensão de todas as actividades em volta desta efeméride, tais como homenagens e rumarias aos comentários, mais de uma dezena de pessoas se fizeram presentes no Cemitério da Camama nas primeiras horas desta segunda-feira, afim de renderem homenagens aos seus antes queridos.
Em entrevista a Luansda Post, o responsável do Cemitério da Camama, Gerônimo Chimunda, diz não entender a presença de várias pessoas no portão do cemitério , frisando s que o governo provincial de Luanda, já havia comunicado a não realização de quaisquer actividades em volta deste efeméride.
” Nenhuma pessoa vai poder entrar, porque o governo anunciou que não haveria realização de homenagens nem rumarias antes de chegar a data, apenas estamos autorizar a realização de funerais para o dia de hoje”, lembrou.
Gerônimo Chimunda, aconselhou aos cidadãos a não realizarem homenagens nem rumarias apenas no de 2 de Novembro.
“Para mim, não precisamos apenas visitar os nossos antes queridos no dia 2 de Novembro. Não vejo a necessidade de esperar apenas o dia dos finados. Podem visitar num dia da semana que não seja o dia 2 de Novembro, os portões do Cemitério estarão sempre abertas, e dessa forma podemos evitar a propagação do Coronavirus”, disse.
O pastor Mbozo Wafilua Alexandre, da igreja Assembleia de Deus Pentecostal, considera esse dia 02 de Novembro, como um dogma e não como doutrina e diz que a Bíblia reprova tais actos.
” Para mim, esse dia é um dogma porque tem origem a uma determinada igreja. A Bliblia proibe, e ela não nos permite fazer esses rituais ou homenagens, um verdadeiro cristão sabe que não é bom como as pessoas celebram esse dia, poderão dessa forma convocar espíritos da morte nas suas vidas”, lamentou.
O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Finados, uma efeméride com origens religiosas, mais especificamente à cristã católica, comemorada em diferentes partes do planeta.
Em Angola, o dia 02 de Novembro é feriado nacional e tornou-se tradição as famílias homenagearem os seus entes falecidos, com rezas, limpezas e deposição de flores sobre campas.
Para cumprir com o ritual, muitas famílias afluem aos cemitérios, onde são celebradas missas em memória aos defuntos.
A data é celebrada com outras actividades em homenagem aos mortos. “Os vivos rezam pelos cristãos que estão no purgatório, estado no pós-vida, onde as almas são purificadas antes de irem ao céu”, assim postula a religião.
Segundo fontes religiosas, o acto de rezar pelos mortos é praticado desde o século I, porém, foi apenas no século XI que os papas João XVIII, Silvestre II e Leão IX instruíram os fiéis a dedicar ao menos um dia anualmente para lembrar e rezar pelas almas daqueles que já partiram.