InícioEm DestaqueDefesa à Adalberto da Costa Júnior “trama” Marcolino Moco

Defesa à Adalberto da Costa Júnior “trama” Marcolino Moco

O Presidente da República, João Lourenço, exonerou quinta-feira, três administradores executivos da Sonangol e um não-executivo, o ex-primeiro-ministro, Marcolino Moco.

Além de Marcolino Moco, nomeado em janeiro de 2018 por João Lourenço, foram afastados  os administradores executivos Josina Baião, Luís Maria e Osvaldo Macaia.

Fontes do Luanda Post, confidenciaram que às  posições públicas do ex-primeiro-ministro poderão estar na base do seu afastamento da petrolífera.

Em Junho de 2020, Marcolino Moco manifestou-se “desiludido” com o rumo do país na actual governação de João Lourenço. Em entrevista ao Novo Jornal, criticou a metodologia adoptada para o funcionamento das instituições do Estado e a forma como estava (e continua a estar) a ser levado a cabo o processo de combate à corrupção no país.

Sobre o (suposto e fátuo) combate à corrupção, Marcolino Moco considerou que “não passa de uma decepção”, uma vez que o poder político continua a interferir nos tribunais.

“Colocar esta questão do combate à corrupção no topo das prioridades do Executivo é uma perda de tempo. Se todos pertenciam a um mesmo regime de acumulação primitiva de capitais, então muitos dirigentes estariam na mesma condição que Augusto Tomás”, disse Moco, acrescentando que, na era de José Eduardo dos Santos, já se apontava para uma transição pacífica, regularizando-se as instituições.

A dar razão a Marcolino Moco, João Lourenço afirmou que viu roubar, ajudou a roubar, beneficiou do roubo mas – é claro – não é ladrão.

“É inadmissível que o país seja comandado por dois ou três iluminados que nos vão surpreendendo com esta ou aquela prisão seleccionada e exonerações não explicadas”, apontou Marcolino Moco ao Novo Jornal. Tem razão. Esses são os tais iluminados que, como o Folha 8 tem afirmado sobejas vezes, têm o cérebro no intestino (grosso) e que, quando começam a pensar, exalam um cheiro nauseabundo que, contudo, “transporta” os dirigentes do MPLA para as suas origens…

Marcolino Moco lamentou também a interferência política junto dos órgãos de Justiça, tendo tomado como exemplo o acórdão do Tribunal que proíbe a Assembleia Nacional de fiscalizar os actos do Titular do Poder Executivo. Mas se nada disto é novo, se há 45 anos o MPLA continua a considerar que o MPLA é Angola e que Angola é do MPLA, onde está o espanto?

Há uma semana, Moco voltou a ser destaque nos médias, ao admitir não estar a gostar da forma como o líder da UNITA está a ser tratado por causa da sua anterior dupla nacionalidade.

Numa publicação na sua página do Facebook, que encabeça com a frase “Contra o bullying racista e xenófobo à volta do cidadão angolano Adalberto Costa Júnior e por uma clarificação dos conceitos de angolanidade e cidadania angolana”, Marcolino Moco assume que está a protestar contra a política de “desqualificação gratuita” de “outras” figuras e ou organizações políticas, “pela via mais baixa possível”.

E aproveita para sublinhar que não tem conseguido saber o que pensa ou tem dito a UNITA e o seu líder a propósito da questão de Cafunfo “porque a TPA e agora também a TV Zimbo, voltaram (sabemos que não é por culpa dos jornalistas!) a não passar tudo que seja relevante da oposição (surpreendentemente triste!)”.

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