InícioMundoCovid-19: vacina Moderna autorizada na União Europeia

Covid-19: vacina Moderna autorizada na União Europeia

A Agência Europeia do Medicamento – AME – autorizou esta quarta-feira, 6 de janeiro, a comercialização condicional nos 27 países europeus, da vacina norte-americana Moderna, que poderá ser administrada aos maiores de 18 anos e se conserva até  dias 30 dias a temperaturas entre 2 e 8° C, contrariamente à da Pfizer/BioNtech a primeira provada na União Europeia, que se conserva a -70/-80°C.

A decisão foi tomada no momento em que o número de infecções pelo novo coronavírus aumenta vertiginosamente em muitos países europeus, e se ouvem críticas sobre a lentidão com que está a ser efectuada a campanha vacinação em vários países da União Europeia, que começou a 27 de Dezembro, com a vacina da americano-germânica dos labotatórios Pfizer-BioNtech-Pfizer, contrariamente ao que sucede no Reino Unido, Estados Unidos e Israel.

A União Europeia apenas comprou 160 milhões de doses de vacinas à Moderna, que é também a mais cara, segundo uma tabela de preços divulgada por uma fuga de informação em dezembro da Secretaria de Estado do Orçamento belga: cada dose da vacina da Moderna custa 18 dólares (14,67 euros), enquanto a da BioNtech-Pfizer fica a 12 euros, a da AstraZeneca-Universidade de Oxford a 1,78 euros, a da CureVac ficaria a 10 euros, a da Johnson & Johnson a 8,5 dólares (6,93 euros), e a da Sanofi/GSK a 7,56 euros.

Estados Unidos, Canadá e Israel já aprovaram a vacina da Moderna.

Tanto a vacina da Moderna como a da Pfizer-BioNtech usam uma nova tecnologia, a do ARN-mensageiro (ARNm) e foram as primeiras a chegar aos mercados com base numa versão sintética desta molécula.

O que faz o ARNm é copiar as instruções do código ADN no interior do núcleo das células, para outras estruturas celulares, os ribossomas, onde são produzidas proteínas. Neste caso, é produzida a proteína Skipe, que o novo coronavírus tem à superfície e que lhe dá o característico aspecto de uma bola de espinhos.

A vacina treina o sistema imunitário para reconhecer o vírus, em caso de infecção, sem ser necessário injectar no organismo nenhuma parte do vírus.

Os testes clínicos revelam que ambas as vacinas, tomadas em duas doses – com 21 dias de intervalo no caso da da Pfizer-BioNtech e 28 dias no da Moderna – têm níveis de eficácia bastante semelhantes e muito elevados, na casa dos 95%.

Ambas são recomendadas apenas para indivíduos acima dos 18 ou 16 anos no máximo, porque não foram testadas em grupos populacionais mais jovens. Mas tanto a BioNtech como a Moderna estão a preparar ensaios clínicos, para verificar a segurança e eficácia das suas vacinas em crianças a partir dos 12 anos, resta a incógnita da sua eficácia sobre as mutações do novo coronovírus.

Neste momento, as mutações que tornam o novo coronavírus mais contagioso estão no topo das preocupações – porque parecem estar a contribuir para agravar a pandemia em países como o Reino Unido, onde foi identificada a variante VUI–202012/01 e a quase ao mesmo tempo detectada na África do Sul, denominada 501Y.V2.

Tanto a Pfizer-BioNtech quanto a Moderna, estão analisar se estas variantes podem afectar a eficácia da sua vacina – mas garantem que, dadas as características da tecnologia do ARNm, não será complicado nem demorado alterar a vacina, se necessário.

Vários países aprovaram a administração de diferentes vacinas em prevenção da Covid-19, mas no Reino Unido, a directora de imunizações da Public Health England, Mary Ramsay, afirmou a 2 de janeiro, que misturar diferentes vacinas contra a Covid-19 não é recomendável, e que a primeira opção deve ser sempre a de ministrar doses da mesma vacina para um mesmo paciente, pois  não há evidências sobre a intercambiabilidade das imunizações.

Este alerta surgiu depois de um documento desta instituição afirmar que em determinados casos, a aplicação de doses de vacinas diferentes num mesmo paciente é melhor do que não dar uma segunda dose por falta da mesma vacina.

Entretanto 13 chefes de diplmacia de países da União Europeia, pediram esta quarta-feira, 6 de janeiro a Bruxelas, ajuda para o acesso à vacina em paises do.leste europeu como Arménia, Azerbaijão, Bielorùssia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia, paises que fazem parte do Programa de Parceria Oriental da União Europeia.

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