“Nós esperamos que em breve o Presidente confirme ele mesmo sobre a decisão. Ele disse que será vacinado, tomou essa decisão e está à espera até que todas as formalidades sejam concluídas”, disse o porta-voz ao canal de TV Rossiya 1.
“Sigo as recomendações dos nossos especialistas e é por isso que até agora não tomei a vacina, mas farei sem falta quando for possível”, disse o presidente, que completou 68 anos no dia 7 de outubro.
A Rússia lançou um programa de vacinação voluntária com a vacina Sputnik V, desenvolvida e fabricada no país, no início de dezembro, começando com os grupos mais vulneráveis em Moscovo.
Até agora, a vacina russa só estava a ser administrada em pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos. Mas o ministro russo da Saúde garantiu que as análises recentes confirmaram que o uso da Sputnik V não representa nenhum risco para os idosos.
O Fundo Russo de Investimentos Directos, responsável pela comercialização da vacina russa, destacou que os testes clínicos revelaram uma eficácia “superior a 90 por cento” nas pessoas com mais de 60 anos.
Também o diretor do Centro de Microbiologia e Epidemiologia Gamaleya, Alexandr Gintsburg, revelou que os especialistas não detetaram novos efeitos colaterais em idosos vacinados com a Sputnik V.
Neste momento, o Governo russo não pondera impor um novo confinamento nacional com o objetivo de preservar a economia, apostando numa vacinação em larga escala da população com o fármaco desenvolvido no próprio país, a vacina Sputnik V.
É de recordar que a Rússia foi o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra a Covid-19, em agosto passado, e que uma das filhas de Putin foi uma das voluntárias nos ensaios clínicos da Sputnik V.