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Bolsas mundiais disparam com anúncio de vacina da Covid-19

Os mercados internacionais reagiram em forte alta perante o anúncio da farmacêutica norte-americana de que os testes preliminares da sua vacina mostram uma proteção acima dos 90% e de que a sua comercialização estará para muito breve.

Segundo o Expresso, por todo o mundo, há ecos de entusiasmo perante uma realidade, cada vez mais próxima, de estar prestes a surgir no mercado uma vacina, com elevada eficácia, que previne a infeção pelo SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.

Rápidos a absorver impactos desta natureza, os principais índices dos mercados financeiros dispararam nos EUA e na Europa. Pfizer e BioNTech estão na fase final dos ensaios clínicos de uma terapia que previne a infeção pelo novo coronavírus e os resultados, afiançam, são muito promissores.

De acordo com as fontes, os três principais índices bolsistas norte-americanos já animados com a vitória eleitoral de Joe Biden, como novo presidente dos EUA, ganharam um novo fôlego perante a iminência de um ‘travão’ à pandemia de covid-19.

O Dow Jones iniciou a sessão a trepar 5,1%, enquanto, por sua vez, o S&P 500 arrancou a subir 3,6% e o Nasdaq valorizou 1,2%.

No caso da Pfizer regista-se, agora, uma subida de quase 8% para mais de 39 dólares por ação (na bolsa de Nova Iorque) e os títulos da BioNTech somam um acréscimo superior a 10%, para uma cotação de cerca de 101 dólares.

A nível global, são sobretudo os sectores mais afetados pela atual crise sanitária e económica que mais estão a contribuir para os ganhos, destacando-se o turismo (em particular a aviação), retalho, consumo e imobiliário – pelo contrário as tecnológicas e biotecnológicas recuaram.

As bolsas do Velho Continente, que já negociavam em forte alta, também se animaram de forma expressiva com o anúncio relativo à vacina. O Stoxx600 sobe 4,16%, o que representa a valorização mais acentuada desde março, altura em que os mercados registaram fortes oscilações devido à pandemia.

Detalhando, há vários índices nacionais com subidas ainda mais elevadas, como o espanhol Ibex, em alta de mais 8,66%, e o alemão DAX, a ganhar mais de 5,3%. Em Lisboa o PSI-20 valoriza 3,83%.

O anúncio conjunto da norte-americana Pfizer e da alemã BioNTech, esta manhã, de que a vacina que estão a desenvolver em conjunto revelou, em testes finais preliminares, uma eficácia superior a 90%, alegrou os investidores que logo refletiram uma confiança acrescida. Também o preço do petróleo animado pela antecipação de uma maior procura.

Segundo os laboratórios, a evidência de uma grande eficácia da terapêutica de imunização contra o novo coronavírus decorre de resultados, que ainda terão de passar por uma validação, obtidos na fase III de investigação, ou seja, a última etapa antes da vacina ser submetida para a aprovação das autoridades do medicamento e, assim, poder chegar ao mercado.

“Na primeira análise provisória de efetividade, a vacina candidata mostrou ser mais de 90% eficaz na prevenção da covid-19 em participantes sem evidência de infeção anterior pelo SARS-CoV-2”, indicam a Pfizer e a BioNTech em comunicado conjunto. É ainda dito que será submetido muito em breve, junto da autoridade norte-americana do medicamento (FDA), um pedido especial de autorização de introdução no mercado de emergência, assim que a segurança da vacina esteja verificada, o que deverá acontecer na próxima semana.

A Pfizer e a BioNTech esperam produzir, ainda este ano, 50 milhões de doses de vacina e, em 2021, até 1,3 mil milhões de doses.

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