Apesar de Robert Besseling ter desmentido em comunicado não ter qualquer ligação à Trafigura, informações avançadas num passado recente pelo site África Monitor, revelam o contrário.
Segundo aquela publicação editada na europa, já em 2018 às movimentações no sentido da captura de interesses empresariais do ex-círculo presidencial, vinham acentuando ataques reputacionais ao novo Governo, centrados sobretudo em João Lourenço.
O contrato assinado por João Lourenço, enquanto Ministro da Defesa, com a Privinvest de Iskandar Saffa, semelhante ao que levou às “dívidas ocultas” moçambicanas, foi dos primeiros foco de ataques a João Lourenço, através dos media internacionais, citando a consultora, EXX Africa, agora denominada PANGEA Risk, dirigida por Robert Besseling (ex-IHS Markit, Londres), que fontes do sector descrevem como um “dissidente”.
O relatório publicado na altura, ignorava factos chave como o de que os contratos de aquisição de material de Defesa eram, nos mandatos de JES, da competência do chefe da Casa de Segurança do PR, Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.
A referida consultora, que tem entre os seus principais clientes a Trafigura (associada a “Dino” e “Kopelipa” e fortemente prejudicada pela recente abertura do mercado de comercialização de combustíveis, de que antes era monopolista.
Criada em 2015, a EXX Africa, agora PANGEA RISK, tem vindo a produzir relatórios sobre vários países africanos, com especial incidência em Angola e Moçambique. Em relação à situação angolana, a partir de Março de 2018 começou a assumir um tom mais crítico e alarmado.
O mesmo tom e os mesmos assuntos da EXX Africa relativos a Angola, vinham sendo desenvolvidos pelo site noticioso CAJ News, de Tintswalo Baloyi, zimbabueano residente na África do Sul.
Os referidos artigos assinados por jornalistas desconhecidos (Pedro Agosto e Miguel Sanz) são disponibilizados em várias línguas, gratuitamente, para republicação, através da plataforma da APO Group.